Cerca de 300 agentes comunitários de saúde e de combate a endemias se reuniram nesta segunda-feira (19/9), na Praça do Buriti, para oficializar o primeiro dia de greve das duas categorias, formadas por servidores celetistas. Os participantes estimam em 1 mil o número total de agentes que aderiram à greve. Eles reivindicam o cumprimento de um acordo assinado, em 7 de julho, pelo secretário de Saúde, Rafael Barbosa, e que ainda não foi enviado à Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) para votação.
Os grevistas esperam, para esta tarde, uma negociação com o secretário para que o cumprimento das propostas seja retomado. Eles reivindicam isonomia de direitos com servidores estatutários, prorrogação do prazo de concurso para a categoria e concessão de gratificações aos agentes de saúde (titulação, incentivo a ações básicas e de condições especiais de trabalho) e aos de vigilância ambiental (titulação, de movimentação e de atividade de vigilância ambiental), já contempladas aos servidores estatutários.
"Firmamos o acordo em julho e não foi cumprido. Precisamos reivindicar", afirma Vagner Oliveira, 28 anos, agente comunitário de saúde. O colega de profissão Roney Cordeiro, 27, assume que a greve dificultará ações na Semana de Combate à Dengue, que começa nesta terça-feira (20/9). "Tentamos até o último momento não entrar [em greve], mas a categoria está desmotivada", diz. "Gostaria que o governo desse atenção básica para a gente, pois os agentes de saúde são a ligação entre a Secretaria de Saúde e a população", completa Cordeiro.
Confira na íntegra a nota enviada pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal à imprensa:
A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES/DF), informa que a Secretaria de Administração, com o apoio da SES/DF, está em fase de negociação com as categorias de agentes comunitários de saúde e agentes de vigilância ambiental. Todas as propostas já foram encaminhadas ao GDF.