Jornal Correio Braziliense

Cidades

Sindicato das Academias do DF discorda de dados apontados pelo IBGE

Raimundo Nonato, presidente do Sindicato das Academias de Ginástica do DF, não informou o valor da correção em sua própria unidade, mas diz não acreditar que os reajustes em geral tenham atingido o patamar detectado pelo IBGE. ;Se alguém tiver elevado o preço, foi muito pouco. Justamente por causa da chegada de novas empresas, os valores estão competitivos. Geralmente, o setor faz elevação anual, que tem ficado em 10%, 12%. Mas em 2011 acho que foi até menor do que isso, no máximo 8%;, alega.

[SAIBAMAIS]Nonato afirma que as redes megaequipadas não são as únicas que estão agitando o mercado local com competição. Ele lembra que também aportaram no DF academias que enxugam o leque de serviços e o espaço físico a fim de cobrarem valores bem abaixo da média de mercado. ;Por isso tudo, ninguém tem ousado subir muito as taxas;, garante.

Mudança
O estudante Bruno Silva Mesquita, 30 anos, optou por migrar das unidades tradicionais para uma que cobra preços módicos. ;Faço musculação há 15 anos e todo ano tem reajuste. Resolvi vir para uma academia de custo fixo e baixo;, conta, ressaltando que se contenta com o pacote básico de opções. ;O espaço abriga apenas os aparelhos para malhar, mas eles têm a mesma qualidade dos encontrados nas melhores academias. Acho que o interesse em praticar esporte cresceu muito nos últimos anos e é natural que o preço suba. Em Brasília, tudo é mais caro mesmo;, opina.

O economista Carlos Alberto Ramos, da Universidade de Brasília (UnB), acredita que a elevação acima da média do custo de malhar em Brasília está relacionada à estabilidade e aos salários altos garantidos pelo serviço público. ;Outros estados estão sentindo a desaceleração da atividade econômica. Apesar dos anúncios de cortes do Governo Federal, o DF continua com os gastos públicos em alta. Os servidores continuam a gastar com produtos e serviços;, destaca.