Uma operação da Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento do Distrito Federal (Adasa) desativou, no período de 90 dias, 313 poços irregulares em Vicente Pires. Os agentes visitaram 1.430 chácaras com o ojetivo de regularizar a situação dos usuários de água subterrânea na região.
A visita técnica está sendo feita por funcionários da CSaneo, contratada pela Adasa. Os 313 poços foram tamponados, o que consiste na utilização de materiais como calda de cimento, brita e areia para tampar e desativar o aquífero. Outros 67 poços foram lacrados e devem ser tamponados pelos usuários nos próximos 30 dias, sob risco de multa que varia de R$ 1 mil a R$ 10 mil.
Dos locais visitados, apenas 77 aquíferos continuarão funcionando, todos eles em Áreas de Proteção Permanente (APP). Os moradores destes lugares estão irregulares e não recebem água da Caesb, por isso, os poços poderão ficar em funcionamento até que os lotes sejam regularizados ou as pessoas removidas.
As chácaras de Vicente Pires eram abastecidas por poços por não receberem água da Caesb. Desde que o abastecimento começou no local, um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) - assinado pelo Ibama, Ministério Público e GDF - estabeleceu que os poços irregulares deveriam ser desativados.
A Adasa considera irregulares os poços que não têm autorização da agência para funcionar. De acordo com a Assessoria de Imprensa, só podem ter poços os detentores de áreas verdes de no mínimo 5 mil m; . A água dos aquíferos deve ser utilizada para irrigação.