Os policiais civis de Goiás que atuam no Entorno, em greve desde o dia 29 de agosto, decidiram aceitar a proposta do governo e colocar fim à paralisação. A categoria teve as reivindicações parcialmente atendidas e agora vai aguardar o cumprimento do acordo nos próximos 30 dias. "Se o governo não cumprir, nós vamos reunir a categoria novamente e, provavelmente, fazer uma nova greve", adianta Silveira Alves, presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Goiás(Sinpol-GO).
A polícia pedia o aumento da gratificação de localidade - paga conforme o perigo que a área apresenta - de R$ 276 para R$ 800. A secretaria de Segurança Pública ofereceu, e o Sinpol aceitou, R$ 552 a partir de setembro e os R$ 800 pretendidos a partir de janeiro de 2012.
Um outro item da pauta, a promoção automática, também foi aprovada. Os policiais mudaram o critério para ser promovidos que, antigamente, era feito de acordo com o mérito do agente, o que deixava margem para critérios subjetivos. A partir de agora, as promoções ocorrem a cada quatro anos de serviço.
A SSP-GO também concordou com a revisão do enquadramento. Com a reavaliação, os policiais civis terão direito a contar com o tempo de serviço não aproveitado para eventuais promoções. O estágio probatório, por exemplo, não entrava na contagem, mas passa a valer a partir de agora. Aqueles profissionais que foram prejudicados por isso também terão os anos de trabalhos prestados contabilizados.
Dos 350 remanescentes do último concurso público da Polícia Civil de Goiás, metade deles, ou seja, 175, entre agentes, delegados e escrivãos, trabalharão no Entorno do Distrito Federal.
Por fim, conforme Silveira Alves, a secretaria de Segurança concordou em incluí-lo na comissão de alteração da Lei Orgânica da Polícia Civil. "Nós vamos apresentar a ata da reunião no Ministério Público e registrá-la em cartório para servir de cobrança posteriormente", informa Silveira.