Em assembléia realizada na manhã desta quinta-feira (1;/9), os agentes prisionais de Goiás decidiram entrar em greve neste domingo (4/9), dia das visitas de familiares e amigos de internos nos presídios. Esta decisão atinge também o Entorno do DF, onde os policiais civis já estão em greve desde segunda-feira (29/8).
De acordo com o diretor da Associação de Servidores Prisionais do estado de Goiás (ASPEGO), Fabrício Bonfim, a decisão já foi votada, mas o governo goiano tem até domingo para emitir uma resposta favorável, impedindo que a greve realmente ocorra. "Nós estamos esperando a resposta do secretário de Segurança Pública e só não haverá greve se nossa exigência for atendida integralmente", informa.
[SAIBAMAIS]Os agentes prisionais pedem que o estado deixe os cargos de gerência do sistema prisional com os funcionários de carreira da administração carcerária goiana, ou seja, os manifestantes querem que todos os cargos nos presídios, inclusive o de diretor, seja escolhido com base na meritocracia e não em indicações.
O início da manifestação foi marcado para este domingo, no complexo prisional de Goiânia, no momento das visitas aos presídios. Segundo Fabrício Bonfim, os agentes prisionais votaram três possibilidades de mobilização a ser empreendida no domingo: greve geral, paralisação temporária e operação padrão. Nesta última situação, as atividades serão realizadas, mas com um atraso, o que causaria um enorme transtorno devido ao movimento nos presídios durante as visitas aos internos.
Na última terça-feira (30/8), um documento contendo a reivindicação foi entregue à Secretaria de Gestão e Planejamento de Goiás e, de lá, foi encaminhado à Secretaria de Segurança Pública. O governo goiano informa que está analisando o pedido.
Entorno do DF
Os policiais civis do Entorno entraram em greve na segunda-feira, pedindo a reposição salarial dos últimos sete anos, a realização de concursos públicos para o preenchimento das vagas ociosas e o reajuste das gratificações. Com a greve dos agentes prisionais, o Entorno será atingido mais uma vez, mas, para o diretor da ASPEGO, todas as medidas serão tomadas para que os prejuízos sejam menores. "Nós entendemos que a região do Entorno ficará mais fragilizada, mas a causa é justa", comenta Fabrício Bonfim.