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Tribunal do Júri marca para segunda a primeira audiência do caso Villela

O Tribunal do Júri de Brasília marcou a primeira audiência do caso Villela para esta segunda-feira (15/8). O processo, instaurado pelo Ministério Público acusa Adriana Villela e mais três suspeitos pelo homicídio dos pais e da empregada do casal, em agosto de 2009. Nesta primeira audiência o Tribunal ouvirá a delegada responsável pelo caso, um perito e três agentes.

A acusação indica que Leonardo Campos Alves, Paulo Cardoso Santana e Francisco Mairlon Barros Aguiar teriam sido contratados por Adriana para simular um assalto à residência de seus pais, o ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral José Guilherme Villela e a advogada Maria Carvalho Mendes Villela. Durante o suposto assalto, Adriana teria ordenado que os autores executassem as vítimas. Para a acusação, o motivo era um "conflito familiar financeiro".

[SAIBAMAIS]Relembre o caso
A arquiteta Adriana Villela é suspeita de ser a mentora do triplo homicídio em um apartamento da 113 Sul, com o agravante de duas das vítimas serem seus pais. A outra vítima, Francisca Nascimento da Silva, trabalhava no apartamento do casal e, como os patrões, foi morta a facadas.

Os suspeitos Paulo Cardoso e Leonardo Campos já confessaram a participação no crime. Nos primeiros depoimentos, tomados na 8; Delegacia de Polícia, a dupla negou a existência de uma mandante e também afastou a participação da filha das vítimas no caso. Mas depois, em uma acareação, realizada em dezembro do ano passado, mudaram a versão e passaram a acusá-la.

Leonardo chegou a dizer, em depoimento, que foi contratado por Adriana Villela por US$ 27 mil (cerca de R$ 47 mil), para assaltar a residência do casal. Já dentro do imóvel, a arquiteta teria ordenado a execução das vítimas.