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Com mercado aquecido, comércio espera vender 5% a mais no Dia dos Pais

O Dia dos Pais será comemorado no próximo domingo (14/8) e o mercado promete ficar agitado durante esta semana. De acordo com o Sindicato do Comércio Varejista do Distrito Federal (Sindivarejista), a expectativa das 28 mil lojas filiadas é que as vendas aumentem 5% neste período. Em 2010, o comércio registrou um aumento de 6%.

O gasto médio com presentes deve ser em torno de R$ 70, R$ 2 a mais que em 2010. Para o presidente do sindicato, Antonio Augusto de Moraes, a facilidade na compra ajuda os consumidores. "Os estabelecimentos tendem a facilitar pagamentos em cheque ou cartão", afirma. Sobre o faturamento das lojas, Moraes afirma que o Dia dos Pais é a quarta melhor data comemorativa para o setor durante o ano. Na lista, aparecem em terceiro o Dia dos Namorados, em segundo o Dia das Mães e, em primeiro, o Natal.

Sobre os produtos mais procurados nesta época, perfumes, calçados, artigos esportivos e de informática e aparelhos de televisão lideram. "Por isso, setores ligados ao comércio de TVs e informática crescem mais que a média", diz Moraes. Segundo o sindicato, as compras feitas com cartões de crédito devem representar 66% das vendas.

Cuidados
Para José Geraldo Tardin, presidente do Instituto Brasileiro de Estudo e Defesa das Relações de Consumo (Ibedec), são necessárias atenções especiais em alguns aspectos em datas festivas. "Sobre o momento que antecede a compra, é necessário pesquisar cuidadosamente os preços, pois variam muito de uma loja para outra. Além disso, não é bom comprometer o orçamento com a compra de presentes, quando a pessoa está com dívidas", alerta. O consumidor também deve ficar atento ao preço anunciado. "Se houver diferença entre o preço da etiqueta e o anunciado, prevalece a quantia da propaganda", diz.

Em relação ao momento da compra, o Ibedec aconselha a negociação para pagamentos à vista. "Os descontos podem chegar a 10%", lembra. É importante, também, testar o produto e exigir Nota Fiscal. Vale ficar de olho se a loja tem serviços de entrega e se chegam até o próximo domingo. O presidente do instituto aconselha o consumidor a conferir se o preço à vista é o mesmo que o cobrado no pagamento com cartão de crédito. "É indispensável saber se há políticas de troca e garantia", completa Tardin.

O Código de Defesa do Consumidor diz que produtos duráveis (móveis, joias) devem ter garantia de 90 dias. Já os não duráveis (roupas e perecíveis), têm prazo de 30 dias.

Problemas após a compra

Se a compra for feita com cheques pré-datados, o depósito antecipado configura descumprimento de contrato. Já para as compras em carnês, é ilegal a cobrança de tarifa para emissão de boletos. Caso o consumidor seja cobrado, deve ir ao Programa de Orienção e Proteção ao Consumidor (Procon).

De acordo com o Procon, os estabelecimentos não têm obrigação de fazer a troca de produtos, a não ser com defeitos. Quando o fazem, é por questões de liberalidade. Para Oswaldo Morais, diretor-geral do órgão, o consumidor deve, sempre, verificar as políticas de troca na loja. "O comprador tem de exigir algum documento que autorize o serviço", alerta.