Jornal Correio Braziliense

Cidades

Dicas simples e preciosas dos grandes chefs de cozinha



Ao contrário do que se pensa, as dicas de grandes chefs para cozinhar não envolvem técnicas difíceis ou complicadas. Muitos dos que assistiram às aulas e aos workshops surpreenderam-se com a facilidade do preparo dos pratos. O sabor diferenciado é alcançado por meio de cuidados simples, como tempo e temperatura do cozimento.

A chef de cozinha Eva Alves Viana, 43 anos, descobriu maneiras simples de melhorar uma receita acompanhando a aula de Francisco Ansiliero, dono da rede Dom Francisco. Ele optou por fazer bacalhau com ingredientes da Amazônia: tucupi, castanha e arubé. ;Fiquei sabendo que colocar o peixe no leite após dessalgar deixa a carne mais macia. E, quando já está no fogo, podemos colocar gemas de ovos para realçar o sabor;, comentou.

O funcionário público Murilo Caldas, 35, inscreveu-se para a aula ministrada pelo dinamarquês Simom Lau Cederholm, que comanda o restaurante Aquavit. O chef de cozinha passou adiante a receita da barriga de porco com geleia de cajá-manga, vinagrete de mostarda e batatas cozidas, acompanhado de madaleines como sobremesa. ;Além do prazer de estar em contato com um chef renomado, a gente descobre pequenas coisas que influenciam no sabor final. A temperatura, por exemplo, é um dos principais fatores;, disse Murilo, que gosta de cozinhar e está sempre buscando novos conhecimentos em livros e na internet.

As aulas para adultos do sábado foram encerradas pelo chef Marcelo Petrarca, do Zuu a.z.d.z. Ele substituiu Mara Alcamim, que não pôde comparecer devido a problemas de saúde, e ensinou o sex shrimp, prato à base de camarão criado por ela.

O Brasília Gourmet não ficou restrito à comida. O banqueteiro da Sweet Cake, Celso Jabour, também é especialista em uísques e comandou um workshop sobre a degustação da bebida. (MB)

Clássico
Muito comum na Região Norte, ele é o concentrado do tucupi, líquido amarelado extraído da raiz da mandioca brava. Tem a consistência de um molho, semelhante à da mostarda. Esse clássico da Amazônia foi usado pelos índios tupinambás como conservante natural de pescados e caças.