Jornal Correio Braziliense

Cidades

Preços cobrados pelos serviços no Distrito Federal estão nas alturas


Em razão da procura em alta, os serviços estão entre os grandes vilões da inflação este ano. ;O mercado está aquecido, a massa de salários continua crescendo. Como os preços dos serviços são extremamente sensíveis aos movimentos da demanda, sobem às alturas;, destaca o economista André Braz, da FGV. Ele diz que o principal exemplo do fenômeno são os preços em salões de beleza que, nos últimos 12 meses, subiram nada menos do que 18,25%.

Para não pagar caro demais, as dica para as mulheres, principais usuárias dos salões, é pesquisar o máximo possível. ;Sempre que for possível testar um local que ofereça um serviço a um preço competitivo, a cliente deve fazê-lo. Não é porque tem folga financeira que o consumidor deve dispor-se a pagar qualquer valor cobrado. Ele deve fazer sua parte na contenção da inflação;, aconselha André Braz. Além de buscar preços mais baratos, outra opção é dispensar o salão de beleza quando for possível. ;De vez em quando, dá para fazer alguma coisa em casa;, sugere o economista.

A aposentada Sandra Maria Soares, 63 anos, não abre mão de ir a um salão pelo menos duas vezes por mês. Segundo ela, o hábito consome uma parte ;razoável; de seu orçamento, mas não cogita deixá-lo de lado. ;É uma necessidade. Autoestima elevada é uma coisa muito importante;, comenta.

Sandra considera os preços de Brasília salgados, mas pondera que no DF tudo custa um pouco acima da média. Para não gastar além das possibilidades, pesquisa e aproveita promoções. ;Mas jamais deixo de lado a qualidade do serviço;, frisa.




AGASALHO FEMININO

A roupa de frio para as mulheres saiu de uma alta de 0,78% em maio para uma elevação ainda maior em junho, de 1,52%. O motivo é a chegada do frio e o fato de as lojas de roupas estarem com coleções novas. As brasilienses estão adquirindo vestimentas de inverno que seguem modelos, cores e tendências de 2011.

PÃO FRANCÊS
Presença de praxe no café da manhã das famílias, o pãozinho teve alta de 1,30% em junho. Como o preço do trigo, principal matéria-prima do alimento, tem andado estável, André Braz, da FGV, acredita que ele pode estar refletindo algum reajuste antigo. ;Pode ser alguma oscilação do início do ano que só está impactando o produto no Brasil agora;, diz ele.

GASOLINA
Após sucessivas altas no início deste ano ; o derivado do petróleo chegou a custar R$ 3 em alguns postos do Distrito Federal ;, a gasolina recuou 1,17% em maio e mais 1% em junho. O combustível está devolvendo as altas excessivas. Entretanto, na última semana houve alta do preço do produto nas bombas de Brasília, de R$ 2,79 para R$ 2,85.