Os sites da Faculdade de Comunicação (FAC) e do Campus online da Universidade de Brasília sofreram invasão por hackers, na manhã desta quarta-feira (29/6). Esse já é o segundo ataque em menos de quatro dias e durou 26 minutos, tempo suficiente para publicarem uma de um homem com máscara de gás, para substituir o conteúdo das páginas.
Informações sobre a invasão foram postadas no twitter pelo Campus Online, desde 11h da manhã. De acordo com a assessoria de comunicação da UnB, a direção do CPD constatou que o ataque se restringiu à página de entrada, sem afetar outras áreas de informações ou ter acesso a dados do sistema de uso interno, como matrícula e pessoal.
De acordo o pesquisador Marcello Barra, do Departamento de Sociologia da Universidade de Brasília (UnB), as invasões têm características de uma ação análogas, ou seja de cunho social em vez de assumir um discurso político. ;Eles são ativistas da Internet. Querem chamar atenção e, a partir disso, recrutar novas pessoas para participar da ação;, afirma. ;O que eles querem é mostrar as falhas, o que de certa forma é um serviço prestado para a população;, comentou.
Segurança da informação
Professor de computação e informação da UnB, George Fernandes disse que isso acontece estourando a vulnerabilidade de um sistema, pode ser do banco de dados, no caso de senha enfraquecida ou até mesmo pelo furto de uma senha que esteja escrita em algum lugar.
Para Fernandes, o mais importante é focar nas ações de segurança. ;É preciso que os órgão formulem políticas claras de segurança da informação para ter uma maneira precisa de lidar com esse tipo de situação e demonstre uma preocupação com o cidadão;, afirma.
O professor da UnB dá ainda a dica de um que mostra algumas das técnicas mais utilizadas para as invasões, em um ranking top 10.
Além disso, ele complementa a discussão sobre a segurança da informação.;A informação não reside só nos computadores, ela está em uma folha de papel, em um documento, e outros lugares. Então se as informações [na web] não estão sendo bem geridas, pode significar que isso também ocorre nos documentos físicos [nos órgãos públicos];, constata o professor.