As mulheres do Distrito Federal vítimas de violência doméstica terão a disposição uma nova Casa Abrigo nas próximas semanas. O novo centro para proteção às mulheres e seus filhos foi lançado oficialmente nesta quarta-feira (1/6) em cerimônia no Palácio do Buriti, como parte do Programa de Abrigamento de Mulheres em Situação de Violência. Mas o local ainda passa por reformas ; colocação de cerca na piscina, grades nas janelas e proteção no muro - e só poderá ser ocupado nos próximos dias. A medida foi anunciada dois dias depois do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) expedir uma recomendação à Secretaria da Mulher para que a atual residência fosse abandonada. Durante as visitas periódicas do MPDFT ao local, foi constatado superlotação e queixas sobre a condição do imóvel.
Segundo o GDF, apesar de só poder abrigar com dignidade 12 pessoas, a casa provisória conta hoje com 47 mulheres e crianças. São apenas quatro quartos. Já a nova casa tem 10 suítes e capacidade para 50. A residência provisória ; cujo endereço é mantido em sigilo por questões de segurança ; foi a saída encontrada pelo governo em agosto de 2010, quando a casa alugada até então, no Lago Sul, foi retomada pelo proprietário em ação judicial.
Hoje, a Casa Abrigo conta com 22 profissionais, entre pedagogos, psicológos, médicos, motoristas e seguranças. Mas segundo a Secretaria da Mulher, esse número terá que ser triplicado para dar conta da nova residência. Os novos funcionários virão cedidos por outros órgãos públicos. Quatro professores da rede pública já foram realocados para as aulas e atividade lúdicas com os filhos das mulheres sob risco de morte. A nova casa tem área verde e de lazer, como piscina e churrasqueira. De acordo com o GDF, na Casa Abrigo, as vítimas podem ficar por um período máximo de 90 dias, onde recebem aconselhamento psicológico, jurídico e educação profissional.