Representantes do Sindicato dos Rodoviários do Distrito Federal e do governo se reuniram na manhã desta terça-feira (31/5) para negociar o reajuste salarial reivindicado pela categoria nos últimos meses. O encontro, realizado no Palácio do Buriti, terminou sem acordos definitivos, mas com a promessa de continuidade nas negociações.
Na reunião, o secretário de Transportes, José Walter Vasquez, reconheceu a dificuldade do governo em conceder os benefícios reivindicados pelos rodoviários e ressaltou que o problema vem de gestões passadas - o salário da categoria não recebe reajuste há cinco anos e meio. Do outro lado da corda, o presidente do sindicato, João Osório, se mostrou disposto a negociar as exigências atuais. Os rodoviários pedem um aumento de 16,69%.
Por volta das 11h, durante coletiva de imprensa realizada no Hotel Nacional, os diretores do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros Coletivos (Setransp) se mostraram menos dispostos ao diálogo. Wagner Canhedo Filho, presidente do sindicato e dono da Viação Planalto (Viplan), foi categórico ao afirmar que as empresas não negociarão com os rodoviários até que atinjam o "equilíbrio financeiro". Para isso, os empresários pedem um reajuste de 64,57% nas tarifas de ônibus, que passariam de R$ 2 para R$ 3,30 e de R$ 3 para R$ 4,94.
Com a negociação entre empresários e funcionários estagnada, os rodoviários já agendaram uma assembleia para o próximo domingo (5/6). Se nada mudar, é possível que a categoria entre em greve mais uma vez.
Ainda nesta terça-feira (31), por volta das 17h, o secretário de Transportes deve se reunir com o governador do Distrito Federal, Angelo Queiroz, para discutir a pauta.