Os deputados distritais vão pedir informações à secretária de educação do GDF, Regina Vinhaes, sobre a utilização na rede de ensino do Distrito Federal de livros didáticos distribuídos pelo Ministério da Educação (MEC).
O material é destinado ao Ensino de Jovens e Adultos (EJA) e virou assunto de polêmica por apresentar erros de português e defender o uso da normal oral da língua, acusando de preconceito linguístico aqueles que criticam os desvios da norma culta causados pela oralidade e pelos regionalismos.
A utilização dos livros no DF foi discutida na reunião da Comissão de Educação e Saúde da Câmara Legislativa do DF, nesta terça-feira (24/5). O assunto foi proposto pela vice-presidente da comissão, deputada Eliana Pedrosa (DEM), que defendeu o valor da linguagem popular, mas condenou o seu ensino nas escolas. A deputada Rejane Pitanga (PT) defendeu o material do MEC, citando a valorização do saber popular.
O deputado Israel Batista (PDT) já havia discursado no último dia 17, na tribuna da CLDF, contra a distribuição dos 465 mil livros pelo MEC. Para ele, a sociolinguística é assunto para cursos superiores de sociologia, não para aulas de gramática. O deputado argumentou ainda que somente as escolas públicas utilizariam o material, trazendo prejuízo aos alunos em comparação com estudantes da rede privada.
A assessoria de imprensa da secretaria de educação do GDF informou que está analisando o material para ver qual medida será tomada. Por enquanto, nada foi decidido. A própria secretária, a professora da Universidade de Brasília Regina Vinhaes, estaria lendo o livro para fazer uma análise.