Dois profissionais da Marinha do Brasil chegaram ontem à capital federal para ajudar as equipes da Polícia Civil no trabalho de perícia. Eles foram deslocados do Rio de Janeiro para auxiliar nas apuração das causas do acidente. Os dois vistoriadores são especializados na análise de naufrágios de embarcações. Inicialmente, os trabalhos estão sendo realizados no fundo do lago. A previsão é de que o barco seja içado após o resgate de todas as vítimas. Isso deve ocorrer nos próximos dias.
A Delegacia Fluvial de Brasília fazia inspeções a embarcações que circulam no Lago Paranoá, mas não chegou a vistoriar o Imagination a tempo. Segundo o delegado fluvial, Rogério Leite, a fiscalização seria concluída nesta semana. ;De tempos em tempos, fazemos isso. Costuma não levar mais de seis meses. A ideia era verificar todos os coletes salva-vidas disponíveis nos barcos;, informou.
A fiscalização do Lago Paranoá é efetiva, segundo Leite. Quatro pessoas ficam de prontidão no local, durante 24 horas, e outros profissionais podem ser acionados, dependendo da movimentação. ;As pessoas precisam ser instruídas a usar o colete salva-vidas. Vamos apurar se isso foi feito ou não. O passageiro, entretanto, não é obrigado a usar. Mas a responsabilidade também é individual;, afirmou Leite.
A corporação disponibiliza o telefone 185 para denúncias sobre irregularidades em ambiente náutico. ;Qualquer pessoa que veja alguma coisa acontecendo no lago relacionada a segurança na navegação, pode ligar, pois esse telefone atende 24 horas. E essas denúncias chegam porque há pessoas de plantão, eles vêm imediatamente. É preciso verificar se a embarcação tem colete para todo mundo e observar se existe excesso de passageiros;, acrescentou o delegado fluvial.
O suporte aos parentes das vítimas é prestado por representantes religiosos da Marinha do Brasil e do Corpo de Bombeiros. Padres e pastores estiveram na Associação dos Servidores da Câmara dos Deputados (Ascade), no Setor de Clubes Sul, para acolher os familiares.