Jornal Correio Braziliense

Cidades

Volume de vendas no comércio tem queda de 1,77%

O volume de vendas no Distrito Federal caiu 1,77% entre março e abril deste ano. A comparação dos dados no período mostra que as medidas do governo tomadas para frear o consumo da população, como o aumento na taxa de juros e a redução da oferta de crédito, começaram a surtir efeito na capital federal. De acordo com levantamento divulgado ontem pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal (Fecomércio-DF), o número de compras efetuadas com cartão e as feitas à vista cresceram 0,46% e 0,44%, respectivamente. Os pagamentos a prazo tiveram queda de 0,55%.

O reflexo da diminuição das vendas atingiu o quadro de funcionários. Ao avaliar a mão de obra ocupada, ou seja, a quantidade de empregados no mês, a Fecomércio constatou retração de 0,20%. O desempenho acumulado ao longo do ano, porém, foi superior ao medido em 2010, um aumento de 0,23% na contratação de trabalhadores. Ao confrontar indicadores de abril de 2011 e de 2010, o aumento chegou a 14,65% na quantidade de contratados.

Para o presidente da Fecomércio, Adelmir Santana, os dados mostram que o mercado estava aquecido desde o ano passado, mas agora começa a dar sinais de desgaste. ;Esse é um indicativo de que a redução dos prazos e a limitação de crédito estão afetando os consumidores. A queda no volume de negócios era esperada.; Os resultados alcançados no Dia das Mães (comemorado no segundo domingo deste mês) somados à expectativa em relação ao Dia dos Namorados deverão influir de maneira positiva nos próximos balanços.

Entre as atividades que tiveram os piores desempenhos no varejo, destaque para as revendedoras de veículos, onde a redução foi de 13,56% frente ao mês anterior. As livrarias e papelarias ficaram em penúltimo lugar, com queda de 12,9%. Em seguida, estão os supermercados e minimercados, que venderam 9,9% menos em abril. Na lista dos setores pesquisados, apenas quatro conseguiram resultados positivos no mês. O que se saiu melhor foi o de calçados, com aumento de 7,13% nos negócios, seguido por informática, com 3,73%; materiais de construção, com aumento de 2,64%; e artigos de foto, som e ótica, com um leve incremento de 0,71%.