Termina amanhã o Feirão da Casa Própria da Caixa Econômica Federal. Esta é a sétima edição do evento, que reúne construtoras, imobiliárias, cartórios e técnicos da instituição bancária, responsáveis por analisar e liberar financiamentos. Até as 18h de ontem, foram fechados 8.539 contratos, somando mais de R$ 123 milhões. Este ano, a novidade é o aumento no número de imóveis disponíveis na faixa de R$ 70 mil a R$ 170 mil, que correspondem a cerca de 55% dos 15 mil ofertados no Distrito Federal e no Entorno.
De acordo com o superintendente regional da Caixa, Elício Lima, é possível encontrar opções comerciais e residenciais novas, usadas e na planta. ;Temos alguns apartamentos que custam acima de R$ 1 milhão. Ocorre que, em virtude da maior procura dos consumidores e também da oferta por parte das construtoras, houve um aumento no número de alternativas que se encaixam no padrão do programa Minha Casa Minha Vida, para famílias com renda até 10 salários mínimos;, explica.
O vigilante Luciano de Lima, 32 anos, e a mulher dele, Cristina Kelly, 24, estiveram no Feirão na tarde de ontem, mas não conseguiram fechar negócio. ;A gente quer um apartamento em Sobradinho, perto do trabalho e da escola das crianças. Até agora não encontramos nada dentro do nosso perfil. Parece que priorizam Taguatinga e Águas Claras;, acredita o vigilante.
Natália Cardoso, 25 anos, e o marido Rafael Cardoso, 27, procuravam por uma casa, mas encontraram apenas apartamentos disponíveis. ;Ainda vamos andar e procurar mais. É a primeira vez que a gente vem à feira e não sabíamos muito bem como funcionava. Tem diversos apartamentos e são tantas empresas que a gente ainda não se sentiu muito à vontade para olhar com cuidado;, diz Rafael.
Pesquisa
Ao todo, 150 empresas montaram estandes no Centro de Convenções Ulysses Guimarães. O suficiente para deixar a publicitária Veridiana Nogueira, 38 anos, espantada. ;O bombardeio de informações é grande, recebi diversos panfletos, mas até agora não me decidi. Por enquanto é só pesquisa.; A colega de trabalho que a acompanhava, Mariana Padrão, 28, imaginava que teria de enfrentar o assédio das construtoras. ;Vim esperando que fosse desse jeito mesmo. Gostei de saber que há opções para todos os bolsos. Meu objetivo é investir e estou procurando algo no Entorno, porque costuma ser mais acessível. Mas confesso que fiquei de olho em uma proposta para o Noroeste;, brinca.
As condições de pagamento oferecidas no Feirão e o valor dos imóveis são os mesmos do mercado. O que muda é a possibilidade de resolver tudo em um lugar só. Com Identidade, Cadastro de Pessoa Física (CPF), comprovantes de renda e de residência, o consumidor pode, além de escolher o imóvel, conhecer as linhas de crédito disponíveis, simular o financiamento, pedir liberação de financiamento e computar o crédito acumulado no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
Em 2010, apenas em Brasília, cerca de 52 mil pessoas visitaram a feira. Foram firmados 13 mil contratos, que somaram R$ 735 milhões. A expectativa dos organizadores é de que os números se repitam neste ano. No fim de semana passado, o evento ocorreu em São Paulo, Salvador, Fortaleza, Curitiba e Uberlândia. Cada cidade também recebeu os interessados durante três dias. No total, a exposição rendeu mais de R$ 4,5 bilhões em negócios.
Neste fim de semana, outras cidades, como Belo Horizonte, Campinas, Recife, Rio de Janeiro e Porto Alegre, também são palco da promoção. A partir de 3 de junho, a feira chegará a Belém e dia 10, encerrará a programação em Florianópolis. Os interessados em mais informações sobre a exposição podem acessar o site www.feirao.caixa.gov.br, criado exclusivamente para esta edição da feira de imóveis.
Fique Atento
; Feirão da Casa Própria
; Hoje, das 10h às 20h
; Amanhã, das 10h às 18h
; Centro de Convenções Ulysses Guimarães
; Entrada gratuita
; Exigências para compra
; RG
; CPF
; Comprovante de renda
; Comprovante de residência
; Os três últimos contracheques (para aprovação de crédito)