Um pedido de vista da desembargadora Ângela Catão Alves, do Conselho Especial do Tribunal Regional Federal (TRF) da 1; Região, adiou o julgamento das denúncias apresentadas contra o ex-procurador geral de Justiça do DF Leonardo Bandarra e da promotora Deborah Guerner. Eles são acusados de extorsão, vazamento de informações, concussão e formação de quadrilha. A corte começou a julgar, na tarde de hoje, a alegação de insanidade apresentada pela defesa da promotora.
O pedido de vista ocorreu justamente na apreciação dessa preliminar, que correu sob portas fechadas. No entanto, o adiamento também atingiu a análise de dois inquéritos apresentados pelo procurador federal Ronaldo Albo. Além de Bandarra e Deborah, as denuncias envolvem o marido da promotora, Jorge Guerner, a ex-assessora do Governo do Distrito Federal Cláudia Marques e o ex-secretário de Relações Institucionais Durval Barbosa.
[SAIBAMAIS]O julgamento começou por volta das 14h20 desta quinta (19/5), mas foi fechado logo depois para a análise, sob sigilo, da alegação de insanidade de Deborah Guerner. O desembargadores avaliam se ela pode ser responsabilizada pelos próprios atos. A decisão de fechar a sessão ao público foi tomada pela maioria, visto que se a medida não fosse adotada, haveria exposição desnecessária dos envolvidos.
Mais de duas horas depois, os desembargadores reabriram a sessão e decidiram adiar o julgamento após discutir sobre o desmembramento do processo. Eles decidiram não desmembrar e analisar o processo em outra data ainda não definida. Só depois da análise da sanidade mental, os magistrados decidirão se recebem ou não as denúncias e abrem ação criminal contra os envolvidos. Na última terça, Deborah e Bandarra foram punidos com demissão no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) pelas mesmas acusações.