Os donos de autoescolas prometem entrar na justiça para questionar a greve dos instrutores de trânsito, iniciada na última sexta-feira (13/5). O Sindicato das Auto e Moto Escolas e Centros de Formação de Condutores (Sindauto-DF) alega que os grevistas estão ;violentos, fechando carros nas ruas, então decidimos questionar a greve e deixar os nossos veículos parados;, afirma Francisco Joaquim Loiola, presidente do Sindauto-DF.
Ainda de acordo com Loiola, o sindicato deve pedir uma liminar no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) para declarar a greve ilegal. ;Vamos ainda ver como será feito, mas devemos entrar com uma liminar no Tribunal de Justiça até amanhã [terça-feira] Vamos aguardar a decisão do juiz sobre a greve;, diz Loiola.
Já o Sindicato dos Instrutores e Empregados em Auto e Moto Escolas do Distrito Federal (Sieame-DF), afirma que a greve é legal e que, até o momento, não obteve resposta dos patrões sobre as reivindicações.
;Decidimos permanecer em greve até que os patrões queiram negociar. Até o momento, não tivemos respostas sobre as nossas reivindicações. Não estamos fazendo nada de ilegal, a nossa greve pede apenas melhoria no salário e carga horário de trabalho dentro da lei;, declara Alan Germano, secretário-geral do Sieame-DF.
A categoria reivindica a regularização do salário de R$ 669 mais comissão por aula, o que dá em torno de R$ 1.500 por mês, por um vencimento fixo de R$ 1.500. Eles também pedem tíquete refeição de R$12 e a redução da jornada de trabalho para 8h diárias.
Os patrões alegam que essa proposta é inviável e que os empresários já apresentaram uma resposta. ;Oferecemos um aumento de 7%, o que cobre a perda de 2010. Se colocarmos o salário fixo de R$ 1500, sem comissão, vamos perder produtividade. Eles não vão produzir;, questiona o presidente do Sindauto-DF.
Assembleia
Os instrutores têm nova assembleia marcada para a próxima quarta-feira (18/5), às 17h, no estacionamento do Estádio Serejão, em Taguatinga. Eles pretender receber uma nova proposta e definir sobre a suspensão das aulas teóricas, caso as negociações com os patrões não avancem.