Os colegas da estudante Juliete Lima de Oliveira, 17 anos, encontrada morta na madrugada do dia 1; de abril às margens da BR-040 se reuniram em uma nova manifestação por paz na manhã desta quinta-feira (12/5). O grupo saiu do ginásio de esportes do Parque Estrela Dalva II e seguiu com destino à Câmara de Vereadores de Luziânia. Durante toda a caminhada, as pessoas gritavam por justiça e pediam segurança.
Cerca de 80 colegas e parentes da menina participaram da manifestação. Duas viaturas da Polícia Militar foram designadas para acompanhar o grupo até o destino final. A passeata começou e terminou de modo pacífico, sem intervenção dos policiais.
Portando faixas, cartazes e camisetas com a foto de Juliete, o grupo entrou na sede do legislativo municipal e foi recebido por dois vereadores da cidade: Cassiana Tormim (PT) e Diego Sorgato (PSDB). Por volta das 11h30, começou a discussão sobre medidas de saúde e segurança a serem adotadas para o Parque Estrela Dalva e outras regiões próximas.
A irmã mais velha de Juliete, Juliana de Lima Oliveira, 20 anos, foi quem organizou o protesto. Segundo ela, faltam médicos e atendentes nos postos de saúde e hospitais, e os policiais nas ruas não garantem a segurança diante de tanta violência. "Viemos aqui para pedir que resolvam essa situação, que os políticos olhem para a gente", desabafa Juliana.
Relembre o caso
Juliete era a caçula das mulheres, de um total de cinco filhos, e foi encontrada morta pelos próprios familiares, por volta das 7h40 do dia 1; de abril. Ela apresentava uma perfuração profunda no pescoço, usava apenas sutiã e estava com a roupa íntima na altura da coxa. Laudos do Instituto Médico Legal (IML) comprovaram que a adolescente havia sofrido abuso sexual.
O caso continua sem solução, mas dois suspeitos, acusados de outros estupros, foram presos. Ainda não há comprovação do envolvimento deles nesse caso. Mas um dos acusados é apontado como autor de um outro estupro, cometido contra uma jovem que também seria colega de escola de Juliete.