Depois do episódio em que um homem pôs fogo na bandeira Nacional, no dia 13 deste mês, três ex-militares da Aeronáutica também escolheram o lugar mais alto do mastro para reivindicarem a reinserção às Forças Armadas.
[SAIBAMAIS]Eles não tiveram dificuldades em subir as escadarias do monumento na manhã desta quarta-feira (27/4) e, com um megafone, dizem ter sido injustiçados pela aeronáutica após terem sido desligados dos serviços seis anos após o ingresso.
Segundo os próprios manifestantes, eles passaram em concursos públicos entre 1994 e 2001 e fazem parte, junto a outros 15.490, da Associação Nacional de Ex-Soldados Especializados da Aeronáutica (Anese). Muitos deles foram demitidos e desejam ser reintegrados.
A Aeronáutica justifica que os desligamentos estão embasados nos Decretos n; 880 e n; 3.690, segundo os quais o soldado-de-primeira-classe pode obter prorrogação do tempo de serviço até o limite máximo de seis anos. Os ex-militares argumentam, porém, que essas normas só poderiam ser utilizadas para os que haviam se alistado no Serviço Militar Inicial (SMI), mas não para os que fizeram concurso.
Policiais militares isolaram a área e há bombeiros de prontidão caso haja necessidade de atendimento. Negociadores dessas corporações negociam com o trio para que eles desçam do local em segurança.
Além dos três ex-soldados que estão no topo do mastro, vários outros militares demitidos protestam na base da bandeira, exibindo faixas que criticam a Força Aérea e pedem a recontratação.