A antiga Casa de Chá, na Praça dos Três Poderes ; um dos pontos mais badalados de Brasília durante a década de 80 ; abriga atualmente o Centro de Atendimento ao Turista (CAT). Durante anos, o local permaneceu fechado, mas foi revitalizado e inaugurado no início de março deste ano. O problema é que poucas pessoas conhecem o ambiente e o trabalho desenvolvido no espaço. Segundo a diretora de Serviços de Atendimento ao Turista, da Secretaria da Turismo, Eliane de Sá Brasil, cerca de 50 pessoas visitam o local diariamente, contudo apenas metade desse público tem como objetivo se informar sobre a capital federal.
"Temos dois tipos de visitantes: pessoas que vêm pegar mapas, folderes, buscar aprender um pouco sobre a história da cidade e pessoas que vêm descansar, beber alguma coisa, ir ao banheiro", explica Eliane. O ambiente de 250 m2 abriga esculturas, mobílias e artesanatos de artistas locais, em exposição rotativa. O turista que vai ao CAT tem também a oportunidade de assistir a vídeos informativos sobre Brasília, além de tomar cafés e refrigerantes ; vendidos em duas máquinas instaladas na área.
O Centro de Atendimento ao Turista fica aberto todos os dias da semana, das 9h às 17h. Profissionais da Secretaria de Turismo e estagiários do setor se revezam diariamente para realizar atendimento aos visitantes. Eliane destaca, contudo, que o efetivo ainda não é suficiente. ;Vai ser aberta uma licitação para contratação de mais gente. Precisamos de pelo menos duas pessoas aqui, sendo uma bilingue. Não fechamos nenhum dia. Até em feriados ficamos abertos;, assinala. A diretora de Atendimento ao Turista reclama da falta de limpeza da área em dois dos dias da semana. Profissionais terceirizados que prestam serviços à Secretaria de Turismo fazem faxina no CAT cinco vezes a cada sete dias.
Ontem, a reportagem do Correio esteve no CAT. Das 10h às 12h, o fluxo de turistas foi moderado. Apenas duas pessoas recorreram ao profissional de turismo do local em busca de material informativo sobre a cidade. Uma delas foi a professora Helenir Santos Vilela, 52 anos. Ela saiu de Uberlândia (Minas Gerais) para visitar o filho que está morando em Brasília. A família decidiu tirar o domingo de Páscoa para explorar a cidade. ;Estava procurando informação sobre a história, sou apaixonada pela capital;, contou Helenir. ;Não conhecia esse centro, apesar de ter vindo várias vezes por aqui. O ambiente é bem arrumado e acho que atende às necessidades do turista. Até agora fui bem atendida. Só acho que no futuro Brasília precisará de lugar maior para receber pessoas de fora;, completou.
Uma turista que recorreu ao CAT em busca de banheiro e água ontem acabou tendo parte da viagem frustrada. Há dois banheiros abertos à população, não há água potável. Também não há telefone público. Segundo Eliane de Sá Brasil, existe apenas um telefone móvel para atendimento da demanda, no entanto o número não foi divulgado à população. "Já solicitei um telefone fixo e ele está sendo providenciado. O número móvel que temos pode ser usado para qualquer situação, mas ele é provisório;, esclareceu. ;Quanto à identificação do CAT, tínhamos uma placa de vidro aqui, mas ela acabou quebrada depois de uma chuva forte que caiu. Por essa ser uma área tombada, temos uma série de regras a seguir. De qualquer forma, estamos correndo atrás de outra placa;, reforçou.