Jornal Correio Braziliense

Cidades

Crimes bárbaros cometidos no Entorno desafiam a polícia


Esta é a segunda vez em quatro anos que a Força Nacional de Segurança é enviada ao Entorno de Brasília. Em 2007, o contingente foi deslocado para a região depois que o Correio publicou uma série de reportagens mostrando as mortes em série de jovens moradores da região. A maioria dos casos estava relacionada ao tráfico de drogas.
[SAIBAMAIS]
Para o chefe do Gabinete de Gestão de Segurança Pública do Entorno, coronel Edson Costa Araújo, é preciso pensar em medidas de longo prazo, para evitar que os índices de criminalidade voltem a subir depois da saída da Força Nacional de Segurança ; como aconteceu no último envio da corporação. ;É preciso resolver a questão definitivamente e a solução depende de uma articulação entre os governos de Goiás e do DF e o federal. Esperamos poder consolidar uma estrutura definitiva porque, mais cedo ou mais tarde, a Força Nacional vai deixar o Entorno;, justifica o coronel. ;Em 2007, os índices melhoraram e depois voltaram a ficar ruins com a saída da Força;, relembra o chefe do Gabinete.

O reforço no policiamento vai ajudar a evitar crimes bárbaros como o estupro e o assassinato da estudante Juliete Lima de Oliveira, 17 anos. Moradora de Luziânia, a garota foi encontrada morta em um matagal às margens da BR-040, no último dia 1;. Ela havia desaparecido na véspera, logo depois de sair da escola, e o corpo tinha um corte na garganta.

Para familiares da vítima, o crime poderia ter sido evitado, caso o reforço na segurança tivesse chegado antes. ;A Força Nacional nunca deveria ter saído daqui. Quando eles foram embora, a criminalidade aumentou muito;, relembra Juliana de Lima Oliveira, 20 anos, irmã de Juliete. ;Essa segurança maior pode evitar outros casos, como o da minha irmã. Na época da Força Nacional, a gente nem via gente nas ruas depois das 22h. A cidade era muito mais segura;, relembra. Até hoje, o assassino de Juliete não foi identificado e a família vive com medo em Luziânia.