Os técnicos e auxiliares em radiologia da rede pública de saúde do Distrito Federal estão em greve nesta segunda-feira (18/4). Os profissionais reivindicam 17 itens, entre eles, o pagamento do índice do Fundo Constitucional, a realização de concurso público para preenchimento de 400 vagas, a aposentadoria após 25 anos de tempo de serviço por conta da forte radiação a que ficam expostos e aplicação de uma jornada de trabalho de 40 horas semanais.
De acordo com o vice-presidente do Sindicato de Técnicos e Auxiliares em Radiologia (Sintar-DF), Ubiratan Gonçalves Ferreira, apesar da paralisação 30% do efetivo está garantido. "Atualmente temos cerca de 650 técnicos e auxiliares com o 30% garantido em cada plantão. É como se trabalhassem apenas dois técnicos em cada unidade", explica.
A paralisação ainda não tem data para terminar. Segundo Ubiratan, a categoria fica de braços cruzados até receber uma proposta. "Apresentamos a pauta de reivindicações no dia 11 de janeiro. Tivemos duas reuniões, uma com a secretaria de Governo e outra com de Administração, mas não recebemos nenhuma contraproposta. Por isso optamos pela greve", comenta o vice-presidente. Os profissionais se reúnem amanhã em uma nova assembleia para decidir os rumos da greve.
Serviços
A paralisação prejudica os serviços de tomografia, mamografia, ressonância magnética e raio X nas unidades de saúde do DF. A assessoria de imprensa da Secretaria de Saúde informou, por meio de nota oficial, que os pacientes que tinham exames marcados para ressonância magnética e tomografia estão sendo comunicados da alteração da data para realização. O órgão garantiu que não houve interrupção da realização de ecografias que são feitas pelos médicos assistentes.
A secretaria ainda ressaltou que abriu nesta segunda um processo seletivo de contratação temporária de médicos e técnicos em radiologia.