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Governo suspende contrato com Brasmetrô após suspeita de superfaturamento

A Secretaria de Transporte anunciou nesta quarta-feira (6/4), a suspensão do contrato com o Consórcio Brasmetrô, que foi responsabvel pelas obras e manutenção no metrô por quase 20 anos. A partir de agora, as obras para expansão do meio de transporte terão de ser licitadas. A decisão foi tomada após um relatório do Tribunal de Contas do DF apontar indícios de superfaturamento desde o início da construção do metrô, em 1992. A suspensão também foi recomendada pela Corregeoria-Geral do DF.

Entre as novas obras que terão de ser licitadas estão a de expansão, que prevê a construção de cinco novas estações, duas em samambaia, duas em ceilandia, e uma na assa norte.

Procurado pela reportagem do Correio Braziliense, o Metrô-DF afirmou que só vai se manifestar após notificação.

Superfaturamento

Há suspeita de superfaturamento de quase R$ 100 milhões nas obras e nos serviços de manutenção. O Tribunal encontrou indícios de gastos abusivos nas obras do trecho de Taguatinga-Ceilândia, com pagamento de R$ 11,7 milhões a mais, e nas estações 102 sul, 112 sul e Guará, de R$ 14,2 mulhões.

[SAIBAMAIS]A maior parte dos gastos que extrapolam os valores previstos foi constatada nos serviços de manutenção e apoio ao sistema metroviário, que somam R$ 85,4 milhões. O Consórcio Brasmetrô recebeu quase R$ 5 bilhões pelo contrato e já utilizou R$ 4.768 bilhões, mas das 29 estações previstas no projeto original, quatro ainda nao foram entregues : PP2 (EQS 104/105), PP3 (EQS 106/107), PP5 (EQS 110/111) e Onoyama (Taguatinga).