Após quase uma semana de paralisação, os policiais civis do Distrito Federal tiveram o primeiro contato direto com a administração distrital. Em uma reunião de quatro horas, realizada na tarde desta terça-feira (5/4), a área técnica do governo apresentou uma proposta sobre o aumento salarial e os planos de reestruturação da carreira. Os dados ainda não passaram pelo crivo do governador Agnelo Queiroz.
[SAIBAMAIS]O encontro ocorreu no Palácio do Buriti, às 14h. Estiveram presentes representantes do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol-DF), da Associação e do Sindicato dos Delegados de Polícia (Adepol e Sindepo, respectivamente), além dos secretários de Administração, Denílson Bento, e de Segurança Pública, Daniel Lorenz. A reunião ocorreu a portas fechadas, e ao fim, ambos os lados sinalizaram avanço nas negociações.
"Os números não nos atendem na plenitude, mas são factíveis no curto prazo", pondera André Rizzo, diretor jurídico do Sinpol. Os dados da planilha ainda não foram divulgados porque precisam da assinatura de Agnelo. A promessa é de que a posição oficial do governo seja divulgada antes da próxima assembleia da categoria, marcada para as 15h de quarta-feira (6/4).
Se os números não forem alterados nesse intervalo, o movimento grevista deve se encaminhar para uma resolução. Na manifestação de ontem, em frente ao Palácio do Buriti, líderes sindicais pregavam a boa vontade da categoria em negociar. "Há um superávit no Fundo Constitucional do DF, resta saber se os trabalhadores são prioridade pro governador", questiona Rizzo.