A audiência pública promovida pela Câmara Legislativa do Distrifo Federal (CLDF) nesta sexta-feira (1;/4) para debater eventuais mudanças na lei do passe livre estudantil atraiu parlamentares, líderes estudantis e secretários do Governo. O balanço da reunião foi positivo: os estudantes terão direito, em breve, a recarregar seus cartões nas próprias escolas, que atestarão suas frequências.
Os beneficiários, no entanto, tem mais pontos em sua pauta de reivindicações, como a ampliação do uso do passe livre, para permitir o acesso também a atividades culturais e de lazer, inclusive aos finais de semana. O secretário de Educação interino, Erasto Fortes, manifestou apoio à proposta de ampliação do passe livre para finais de semana. "A educação não está apenas no trajeto de casa para a escola, como também nas atividades sociais desenvolvidas pelos estudantes", defendeu o secretário.
De acordo com o líder do governo, deputado Wasny de Roure (PT), o governador Agnelo Queiroz estaria determinado a valorizar a conquista do benefício. A recente transferência para o DFTRans do controle do sistema de transporte, antes feito pela Fácil, é uma das reivindicações do movimento estudantil. A transferência deve ser finalizada em um prazo de 90 dias.
Os estudantes, como sempre, levantaram a questão do passe livre universal, ou seja, a total gratuidade do sistema de transporte público para toda a população. Um dos integrantes do Movimento Passe Livre , Paíque Duques, tomou a palavra para defender a ideia. "O Estado deveria oferecer transporte público de verdade, garantindo recursos para que todas as pessoas possam se deslocar livremente pela cidade. Hoje são os barões das empresas de ônibus que lucram com o sistema", criticou.
O deputado Wasny afirmou ainda à plateia que a aprovação do Plano Diretor de Transportes Urbanos e Mobilidade do DF e Entorno, em discussão na CLDF, facilitará os os deslocamentos dos estudantes.