O Sindicato dos policiais civis do Distrito Federal (Sinpol-DF) foi notificado no início da tarde de quinta-feira (31/3) sobre a determinação do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) de suspender o movimento grevista da categoria, sob o pagamento de multa diária de R$ 50 mil pelo descumprimento.
Mesmo assim, os policiais continuam de braços cruzados nesta sexta-feira (1;/4). Segundo o diretor de comunicação do Sinpol, Luciano Marinho, a categoria já entrou com um recurso contra a liminar proposta pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e acatada pelo TJDFT. "Entramos com um recurso e vamos discutir os termos dessa decisão. Da nossa parte não queremos descumprir uma determinação da Justiça, mas não podemos contrariar uma decisão tomada em assembleia pela categoria. Vamos marcar uma outra assembleia para uma nova deliberação", explica.
De acordo com ele, a ideia é de que uma assembleia possa ser feita ainda hoje. Caso não seja possível mobilizar toda a carreira, a nova deliberação fica para segunda-feira (4/4). "Se der para realizar hoje o faremos, mas não podemos fazer uma assembleia com o quórum mínino, a deliberação fica prejudicada. Então vamos continuar a greve mesmo sob o peso da multa exorbitante", garante Luciano Marinho.
Paralisação
[SAIBAMAIS]A categoria decidiu entrar em greve durante assembleia nesta semana. A greve teve início às 8h de quinta-feira (31/3). Durante o período, os policiais atendem apenas ocorrências graves e flagrantes, qualquer atendimento relacionado a outros casos ficam suspensos.
Os policiais reivindicam a reestruturação da carreira e um aumento salarial de 28%. As reivindicações são as mesmas da primeira paralisação realizada pela categoria no início deste ano, que durou 72 horas.