Representantes do Sindicato dos Rodoviários do Distrito Federal e da Cooperativa dos Profissionais Autônomos de Transporte (Coopatram) se reuniram em assembleia na tarde desta terça-feira (29/3) para definir os rumos da paralisação da categoria, que já dura 18 dias. Mas o encontro realizado na garagem da Coopatram, em Taguatinga, foi suspenso antes mesmo da votação.
"Desconfiamos que havia gente infiltrada para dar peso à votação, tanto de um lado [a favor da paralisação] quando do outro", conta José Carlos da Fonseca, vulgo Gibran, um dos diretores do sindicato. Gibran conta que a reunião começou tumultuada, e não houve como prosseguir com a pauta.
O novo encontro ainda não foi agendado, mas os coordenadores já estudam medidas para barrar quem não for funcionário. "Da próxima, vamos nos reunir em local fechado", indica Gibran. A data da nova assembleia deve ser anunciada nesta quarta-feira (30/3) e até lá, os servidores continuam de braços cruzados.
Choque de propostas
[SAIBAMAIS]Na última segunda-feira (28/3), empresários da Coopatram apresentaram sugestões para o fim da greve. A ideia é parcelar o pagamento atrasado, correspondente a três meses de trabalho - mas para isso, os servidores precisariam voltar à ativa e "gerar caixa" para a empresa.
Enquanto isso, os rodoviários exigem pagamento imediato e integral do valor devido antes de retomarem as atividades. Mesmo com a mediação do Ministério Público do Trabalho do Distrito Federal, a resolução do conflito entre patrões e empregados parece distante, e nenhum dos lados se mostra disposto a ceder.