Jornal Correio Braziliense

Cidades

Polícia prende suspeito da matar engenheiro encontrado em porta-malas

Agentes da 13; Delegacia de Polícia (Sobradinho) prenderam na noite de quinta-feira um homem suspeito de participar do sequestro e assassinato do engenheiro paulista Paulo Eduardo Mine. A polícia não quis divulgar o nome do detido, que tem uma condenação por porte ilegal de arma e três passagens policiais por roubo qualificado (emprego de violência contra a vítima). Ele foi detido em uma casa situada a dois quilômetros do local onde o corpo do engenheiro foi localizado. A Justiça decretou a prisão temporária por 30 dias.

A polícia encontrou com o suspeito um rolo de silver tape ; fita adesiva mais resistente ; e dois toca-fitas. A silver tape foi encaminhada ao Instituto de Identificação (II) para ser analisada e comparada com a fita usada no assassinato do engenheiro. Os toca-fitas também serão examinados. O resultado das perícias deve ficar pronto na próxima semana.

O engenheiro paulista Paulo Mine, 39 anos, foi encontrado morto na madrugada de terça-feira última dentro do porta-malas do seu carro, um Renault, abandonado na DF-440, entre Sobradinho e Paranoá. A cabeça da vítima estava envolvida com um saco plástico, o que levanta a hipótese de morte por asfixia. O processo de identificação de impressões digitais, fios de cabelos e outros materiais encontrados no veículo deve ser concluído na semana que vem e pode ajudar a polícia a chegar ao autor ou autores do crime.

Paulo Mine era casado e pai de dois filhos. Morador do Condomínio Mônaco, no Lago Sul. Ele desapareceu após sair do uma empresa de telefonia no Setor Comercial Sul (SCS), onde trabalhava. Por volta das 20h, pagou uma conta no caixa eletrônico de uma agência bancária próxima ao local de trabalho e não foi mais visto.

Segundo o delegado-chefe adjunto da 13; DP, Paulo Francisco Soares Pereira, outras duas fitas com imagens de possíveis locais pelos quais o engenheiro passou serão analisadas. Pereira pediu ao Departamento de Trânsito (Detran) uma pesquisa para identicar se há algum registro de infração cometida pelo veículo de Mine durante a noite do crime. ;Os resultados das análises podem nos dizer se o crime foi praticado por mais de uma pessoa.;

A polícia não descarta nenhuma linha de investigação, mas as hipóteses mais prováveis são de que o engenheiro tenha se tornado mais uma vítima do crime de roubo com restrição de liberdade (sequestro relâmpago) ou de latrocínio (roubo com morte). Dados da Secretaria de Segurança Pública do DF revelam que nos primeiros 30 dias deste ano, 48 pessoas foram vítimas de sequestro relâmpago. No ano passado, foram registradas 504 ocorrências desse crime, contra 604 em 2009. A pena para esse delito varia de 20 a 30 anos, segundo o artigo 159 do Código Penal Brasileiro.