O empresário Constantino de Oliveira, 79 anos, mais conhecido como Nenê Constantino, teve a prisão decretada na noite desta terça-feira (1;/3). O juiz João Marcos Guimarães Silva, do Tribunal do Júri de Taguatinga, acatou o pedido do Ministério Público. A acusação é de tentativa de homicídio contra o pistoleiro João Marques dos Santos, baleado com três tiros no último dia 18, em Águas Lindas de Goiás. Também foi pedida a prisão do ex-funcionário de Constantino Vanderlei Batista Silva. Para a promotoria de Justiça, o empresário tem interferido e atrapalhado o andamento do processo.
É a segunda vez que a Justiça determina a prisão do empresário. A primeira ocorreu em 15 de dezembro, durante a primeira audiência na qual Constantino é réu, juntamente com quatro pessoas, no processo que trata do assassinato do líder comunitário Márcio Leonardo de Sousa Brito, em outubro de 2001. Constantino está em São Paulo e deve voltar para Brasília nesta quarta-feira (2/3) para cumprir a decisão. Até às 21h, o pedido de prisão de Vanderlei ainda não tinha sido julgado.
Testemunha
João Marques é considerado testemunha-chave no processo em que o empresário é acusado de matar dois homens. Em depoimento prestado em uma delegacia de Araçatuba (SP) há quatro anos, ele disse ter matado cerca de oito pessoas a mando do ex-patrão.
Segundo o promotor de Justiça de Bernardo de Urbano Resende, Vanderlei esteve na casa de João duas semanas antes da tentativa de homicídio. Supostamente a mando de Constantino, ele teria oferecido R$ 100 mil ao pistoleiro para mudar o depoimento sobre o assassinato de Márcio. De acordo com o promotor, a tentativa de suborno foi feita pessoalmente por Vanderlei Batista.
Advogado de Nenê Constantino, Alberto Zacharias Toron afirmou que o cliente compareceu à delegacia de Goiás, onde o crime foi registrado, e deve prestar depoimento quando o delegado solicitar. Ele diz que a acusação de Constantino em mais este caso foi feita "gratuitamente".