Jornal Correio Braziliense

Cidades

Ação contra empresários do setor cria divergência no inquérito do lixo

Conselheiros não se entendem sobre necessidade de promotor ajuizar ação contra empresários do setor de limpeza urbana

Na última terça-feira, o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) decidiu deixar com o próprio Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) uma solução para o embate sobre a substituição do promotor responsável pelo inquérito do lixo. Resolvida essa questão, restou ainda uma dúvida sem resposta. A promotora Cátia Vergara, designada pela procuradora-geral de Justiça do DF, Eunice Carvalhido, será obrigada a propor uma ação contra autoridades e empresários do setor de limpeza urbana envolvidos nas supostas irregularidades relacionadas à prorrogação dos contratos ou poderá agir com liberdade, de acordo com as suas próprias convicções? Não há consenso sobre o assunto.

A polêmica ficou clara na própria sessão da última terça-feira no CNMP. O relator do processo, Almino Afonso, que representa a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), considerou que o promotor substituto, em casos de arquivamento contestado, atua de forma delegada com a missão de atender determinações do órgão superior. Na prática, isso significa que a promotora Cátia Vergara não teria independência para tomar decisões. É o que entendem as procuradoras Ruth Kicis e Suzana Toledo, da Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público do DF, que detectaram elementos suficientes nos inquéritos de lixo para o ajuizamento de ações com urgência.

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