As comissões de Direitos Humanos de Meio Ambiente da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) visitaram, na manhã desta quarta-feira (23/2), o lixão da Estrutural, onde ouviram reclamações e discutiram propostas com os catadores.
O presidente da central das cooperativas, Roney Alves da Silva, pediu prioridade no atendimento para os trabalhadores que já se encontram no local há mais tempo. Segundo ele, o número de mortes por atropelamento varia entre três e quatro por ano, além de um número incontável de mutilações.
Os catadores pediram, também, que o local fosse transformado em um centro de triagem, para onde fosse somente o material que pudesse ser reciclado. Além disso, eles propuseram que aqueles que trabalham diretamente com o lixo sejam transformados em prestadores de serviço do GDF, recebendo determinada quantia para os trabalhos com resíduos.
Cada brasiliense produz, em média, um quilo de lixo por dia, o que resulta em 2,4 mil toneladas por dia e 7 mil de entulho, contra 4 mil toneladas recicladas por mês.
Conhecendo de perto
Após a reunião com os membros da cooperativa, os deputados Israel Batista (PDT), Celina Leão (PMN), Luzia de Paula (PPS), Olair Francisco (PTdoB), Joe Valle (PSB), Evandro Garla (PRB) e Benedito Domingos (PP) foram para o meio do lixão para ouvir os trabalhadores. Eles andaram em meio ao lixo por aproximadamente 40 minutos.