Dos 16 segmentos analisados pela pesquisa conjuntural do Instituto Fecomércio, somente o de livrarias e papelarias apresentou aumento nas vendas na comparação com o mês anterior. A corrida por material escolar às vésperas do início das aulas elevou em 46,12% o faturamento da atividade. Esse bom resultado puxou a alta geral do setor, registrada em 16,92% ante igual período do ano passado. Em relação a dezembro de 2010, o recuo foi de 16,09%.
A situação por segmento (veja quadro) mostra como o comércio sentiu o baque da diminuição no movimento com a virada do ano. No primeiro mês de 2011, shoppings e lojas de rua amargaram resultados pífios, mesmo com as promoções. As quedas mais acentuadas no faturamento, segundo a pesquisa, foram detectadas nas lojas de departamento, que após dois meses de alta tiveram um recuo médio de 30,89%. No ramo do vestuário, os anúncios de liquidação não impediram a variação negativa de 24,86%, interrompendo três meses de resultado positivo.
O levantamento mensal do Instituto Fecomércio também apontou quedas expressivas nas atividades de móveis e utilidades domésticas (-24,%), materiais de construção (-23,89%) e revendedoras de veículos (-23,46%). Nesse último caso, apesar do percentual negativo, as vendas continuaram aquecidas e as concessionárias bateram novo recorde em janeiro, como o Correio mostrou há uma semana. Os menores recuos no faturamento médio foram observados em farmácias e perfumarias (-9,21%) e nas lojas de instrumentos musicais e CDs (-9,77%).
Para o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do DF (Fecomércio-DF), Adelmir Santana, os números divulgados ontem não revelaram surpresas. ;Consideramos pequena a queda em relação a dezembro. O que importa é a alta na comparação com janeiro do ano passado;, comentou, ao ponderar que em algum momento os percentuais começarão a cair, visto que o crescimento nos últimos trimestres têm sido acima do esperado. De qualquer modo, ele aposta em um bom ano para os comerciantes.
Promoção
Na próxima quinta-feira, começa a maior ação do comércio local, o Liquida DF. A campanha, organizada pela Câmara dos Lojistas do DF (CDL-DF), terá este ano a participação de 8,5 mil lojas. Até 5 de março, empresários prometem descontos de até 70%. A expectativa é de aumento médio de 10% nas vendas.
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