Os dados divulgados pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal no fim de janeiro indicam uma queda drástica da incidência de dengue no DF. Nas três primeiras semanas desse ano, foram registradas 116 suspeitas, mas apenas uma, em Taguatinga, foi confirmada.
Para a Secretaria, a infecção ocorreu fora do DF. Já no mesmo período de 2010, 537 dos 802 casos registrados foram confirmados e 407 pessoas foram infectadas no DF.
Com o objetivo de evitar um surto semelhante ao do ano passado, apesar da queda drástica nas estatísticas, a Secretaria de Saúde elaborou um plano de ações que compreende iniciativas de conscientização, visitação a todos os imóveis do DF e remoção de reservatórios.
Algumas das atividades acontecem desde julho do ano passado, com o apoio das Forças Armadas, operadoras de celular e entidades religiosas. O coordenador-geral do Programa de Prevenção e Combate à Dengue, Aílton Domício, revela, porém, que a Secretaria de Saúde está investindo em novas medidas para esse ano.
Entre as atividades previstas estão a produção de CDs informativos para serem distribuídos nas escolas públicas e a veiculação de mensagens preventivas anunciadas nas estações de metrô. Alem disso, funcionários da Companhia Energética de Brasília (CEB) e da Companhia de Saneamento Ambiental de Brasília (CAESB) deverão distribuir cartas oficiais assinadas pelo governador Agnelo Queiroz e pelo Secretário de Saúde Rafael Barbosa quando foram realizar as medições de energia elétrica e a leitura de hidrômetros.
Reforço
Medidas adotadas anteriormente também serão reforçadas. ;Estamos solicitando o acréscimo de 450 militares aos 50 que já estão conosco no trabalho nas casas e as operadoras de celular enviarão mensagens preventivas durante os meses chuvosos;, conta Aílton. Alem disso, o coordenador-geral do Programa destaca a retomada das atividades de grupos executivos, formados por representantes das regiões administrativas, dos hospitais regionais e de órgãos ligados ao governo que atuam no combate à dengue diretamente nas regionais administrativas.
Para o analista da Gerência de Vetores e Animais Peçonhentos da Vigilância Sanitária, Armando Teixeira, essa ação tem efeito positivo. ;Cada grupo conhece as necessidades e os problemas da sua área e consegue enxergar coisas menores que talvez não teríamos acesso se trabalhássemos centralizados;, destaca.
Para Armando o desafio é manter baixo o número de casos. Ele atribui a queda registrada em 2011 a dois fatores. ;O intenso trabalho feito pela Vigilância Ambiental, visitando todos os imóveis do Distrito Federal e removendo os reservatórios, e a conscientização da população certamente foram os responsáveis por esse número menor;, afirma.