A 1; Delegacia de Polícia (Asa Sul) já recebeu o laudo do Instituto Médico Legal (IML) sobre o caso da criança de 10 meses que foi agredida pela babá Edijane Santos Rocha, 28 anos, na tarde de terça-feira (25/1), em um apartamento do bloco F da 104 Sul. Segundo o delegado da 1; DP, Watson Warmling, o laudo apontou lesões nas duas mãos da menina. "O laudo é compatível com o histórico relatado pela família", afirma.
De acordo com o delegado, Edijane Rocha irá responder por maus tratos e lesão corporal, cada um com pena prevista de até um ano de reclusão, podendo ser aumentada em um terço por ser em uma vítima menor de 14 anos. Após terminar o depoimento, ela será liberada assim que assinar um termo circunstanciado. Os pais da criança discordam da sentença, para eles a babá deveria responder por tortura, já que a menina não tinha como se defender.
A babá é ouvida pelo delegado e assumiu ter dado tapas na mão da criança, a puxado por um braço e usado a mão da própria criança para agredi-la. No entanto, ela disse não achar ter feito algo errado. "Não fiz nada errado porque os fatos narrados pela família não condizem exatamente com o que aconteceu", explicou, durante depoimento, Edijane.
A outra empregada que chegou a ser conduzida para a 1; DP junto com os pais da bebê, a mãe de 20 anos e o pai de 29, também será ouvida pela delegacia. Ela estaria trabalhando há três dias na casa da família. Ela negou estar presente no momentos dos fatos e disse que não escutava as agressões porque a babá aumentava o som da televisão. Porém, os pais garantiram que pretendem demitir a empregada por acreditarem em omissão por parte dela.
Segundo o delegado Watson, o Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios (MPDFT) e a Justiça também vão receber o caso. Os órgãos vão analisar e apurar o entendimento da DP.
Relembre
[SAIBAMAIS]A família gravou as agressões depois que a saíram de casa, por volta das 13h de terça. Eles deixaram um computador que flagrou a babá no momento das agressões. O vídeo foi levado na mesma tarde na 1; DP, onde registraram o boletim de ocorrência.
De acordo com o avô da criança, Mário Vieira França, 61 anos, a família já estava desconfiando das mudanças de comportamento da menina que teria ficado mais agressiva e introspectiva.