Os interessados em trabalhar no Hospital Regional de Santa Maria têm até esta sexta-feira (20/1) para entregar os currículos. Há vagas para técnico em enfermagem, fisioterapeuta, auxiliar de farmácia, terapeuta ocupacional, enfermeiro, nutricionista, técnico em hemoterapia, farmacêutico, operador de caldeira, fonoaudiólogo, técnico em radiologia e médico em diversas áreas de atuação. Os salários variam de R$ 940 a R$ 12.672. O prazo dos contratos de trabalho varia de dois a seis meses, de acordo com as funções escolhidas.
Ontem, dezenas de profissionais estiveram na unidade de saúde de Santa Maria. A enfermeira Graciete Régia de Oliveira, 46 anos, saiu de Sobradinho II para concorrer a uma vaga. ;Atuo há 21 anos na área e tenho experiência em hospitais de grande porte. Fiquei sabendo da oportunidade e vim correndo;, disse. A seleção levará em consideração a comprovação de títulos e será feita pelos Recursos Humanos da Secretaria de Saúde do DF, que irá contratar 989 funcionários temporariamente. Ao todo, 20% dos postos de serviço serão reservados a portadores de necessidades especiais.
A assessoria de imprensa da Secretaria de Saúde do DF disse que a contratação deverá começar na próxima semana, mas evitou estipular uma data. Alguns funcionários que hoje trabalham no Hospital Regional de Santa Maria receberam proposta para aceitar o contrato de dois a seis meses, mas rejeitaram. Inclusive marcaram uma manifestação para hoje, às 10h. ;Não vamos aceitar esse tipo de oferta. Se assinarmos o contrato, vamos perder os nossos direitos de 13; salário e de férias, por exemplo, sem contar que não temos garantia de permanência;, disse um anestesista, que preferiu não se identificar.
Os funcionários prometeram se vestir de preto e organizar o protesto na portaria central do hospital. Munidos de faixas e cartazes, eles vão pedir a manutenção do contrato com a Real Sociedade Espanhola Beneficência e a permanência dos funcionários, sem a perda das garantias trabalhistas. Os 19 anestesistas do hospital também ameaçaram parar amanhã. Sem eles, não é possível realizar cirurgias, procedimentos ortopédicos e obstétricos. ;Se não tiver nenhuma decisão, a partir do dia 22 o hospital vai parar, infelizmente;, garantiu outro anestesista. Enquanto isso, eles têm boicotado a entrega de currículos na área de atuação. No Distrito Federal, o número de anestesistas não é suficiente para demanda da rede. (MP)