A polícia apresentou, na tarde desta segunda-feira (17/1), o autor e o principal envolvido no assassinato do auditor do Tribunal de Contas da União (TCU) Omir José Pereira Lavinas, 48 anos. De acordo com o delegado da 2; Delegacia de Polícia (Asa Norte), que é responsável pela investigação, Antônio Dimitrov, o acusado Moisés Nogueira Silva, 29, confessou, em depoimento nesta manhã, a autoria dos quatro disparos que mataram a vítima. Moisés foi encontrado na tarde de domingo (16/1) enquanto estava em uma festa na Administração do Paranoá.
Além de Moisés, a polícia investiga o envolvimento de mais quatro pessoas. Duas delas já foram detidas: Cristiano Barros da Silva, 31, e um adolescente de 16 anos, que já tinha passagem por tráfico de drogas. Segundo o delegado, os dois tiveram conhecimento do crime, apesar de não teram participado da execução. As outras duas pessoas, que não tiveram as identidades reveladas pelo delegado, participaram indiretamente do crime porque estavam presentes na noite do assassinato.
De acordo com o delegado Antônio Dimitrov, o autor negou que o homicídio seria premeditado, mas confirmou que havia se desentendido com Omir. Os dois teriam se conhecido na noite anterior ao assassinato. A execução do crime aconteceu no mesmo local em que o corpo foi encontrado, às margens da BR-070, em Águas Lindas.
Já o carro da vítima foi encontrado em Ceilândia. Segundo Antônio, o autor teria seguido para a cidade, onde tem conhecidos. Ainda de acordo com ele, materiais do veículo teriam sido retirados. As investigações identificaram Cristiano como o receptador.
Moisés já tinha passagens por tentativa de homicídio e roubo. Além disso, ele afirmou durante o depoimento que estava armado na noite do fato porque teria sofrido uma tentativa de homicídio recentemente, em que levou cinco tiros. A arma do crime, um revólver calibre 38., foi jogada no Lago, mas não foi localizada pela polícia.
Memória
O auditor era separado da mulher e tinha dois filhos, de 18 e 20 anos. Omir morava sozinho em um apartamento no Centro de Atividades do Lago Norte. Ele foi visto pela última vez no Beirute da 107 Norte, acompanhado de familiares.
Segundo informações da delegacia, no dia do crime, a vítima encontrou Moisés na 306 Norte, depois de sair do Beirute. Eles saíram do local para beber e ao longo da madrugada, um grupo se reuniu, passou em vários lugares e sacou dinheiro. Omir teria feito dois saques de R$ 200, um às 22h, no último dia 8, e outro às 6h do dia 9.