Considerada patrimônio da humanidade pelas Nações Unidas, a Cidade de Goiás (GO), conhecida como Goiás Velho (a 150 quilômetros de Goiânia), vem sendo ameaçada pelas fortes chuvas que atingem o Centro-Oeste do país. O Rio Vermelho, que corta a cidade, já transbordou em alguns pontos, mas ainda não ameaça o rico conjunto arquitetônico do município, que já foi a primeira capital do estado de Goiás.
Duas pontes chegaram a ficar sob as águas, uma delas bem perto da casa onde viveu a moradora mais ilustre da cidade, a poetisa Cora Coralina (que morreu em 1986), e que hoje é um museu.
De acordo com a prefeitura de Goiás Velho, que foi a primeira capital de Goiás, os objetos da Casa de Cora Coralina chegaram a ser transferidos, por precaução, para a Igreja do Rosário. Como a cheia do Rio Vermelho não atingiu o museu, os objetos serão devolvidos amanhã (11). Não há registro de vítimas em decorrência das chuvas na cidade.
Segundo a Defesa Civil de Goiás, apenas na primeira semana do ano (do dia 1; até o dia 7), choveu 218 milímetros no estado, que correspondem a 90% da média do mês de dezembro inteiro. Apesar das chuvas fortes, os acessos rodoviários da cidade não foram comprometido. Por causa do preservado conjunto arquitetônico, um dos mais belos exemplos do barroco colonial brasileiro, e das belezas naturais da região, Goiás Velho recebe muitos turistas, principalmente de Goiânia e Brasília.
Na virada de 2001 para 2002, a cidade sofreu sua pior enchente. O Rio Vermelho transbordou e a enxurrada destruiu casas, pontes e ruas do centro histórico.