Jornal Correio Braziliense

Cidades

Exonerações de comissionados por Agnelo atingem delegados de polícia

Entre os servidores comissionados do Governo do Distrito Federal exonerados pelo governador Agnelo Queiroz estão os delegados de polícia. O chefe do Executivo determinou a redução da estrutura de governo com o corte de cargos comissionados, que pode chegar a 50% da equipe atualmente formada por 18,5 mil funcionários. A princípio, 6 mil cargos estão congelados, o que equivale a um terço das funções de confiança existentes.

Os cargos de delegados chefe e adjunto, como explica o presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia do DF (Sindepo), Benito Tiezzi, são comissionados . Apesar disso, o trabalho continua, mesmo em partes comprometido já que, como destaca o respresentante da categoria, as delegacias ficam sem chefe. Assim, em tese, por exemplo, "por norma interna da PCDF é o delegado-chefe quem instaura o inquérito por meio de portaria". O problema ocorre porque, no decreto de exoneração dos comissionados, o governador não excluiu a Polícia Civil do Distrito Federal.

A secretária de Comunicação, Samanta Sallum, confirma as informações do sindicato. Ela destaca que a cúpula vai mudar, mas alguns delegados podem ser mantidos. Eles permanecem nos postos, segundo Sallum, e quem não for trabalhar será substituído.

Apesar disso, segundo a Divisão de Comunicação (Divicom) da Polícia Civil, o decreto do governador deixa claro que o funcionário mais antigo é quem assume o cargo do comissionado exonerado. Ainda de acordo com a Divicom, na maioria das delegacias o delegado-chefe é o mais antigo. Com isso, as delegacias não ficariam sem chefes.