O comércio registrou crescimento de 7% em vendas neste Natal, de acordo com dados divulgados nesta segunda-feira (27/12) pelo Sindicato do Comércio Varejista do Distrito Federal (Sindivarejista). O número é maior do que no ano passado, quando as vendas aumentaram 6,4%. Segundo o presidente do Sindivarejista, Antonio Augusto de Moraes, houve um crescimento significativo. "Estava dentro do previsto, mas mesmo assim foi expressivo", diz.
O presidente do sindicato aponta alguns pontos que motivaram o crescimento das vendas. Entre eles, o acesso das classes C e D aos meios de consumo, a facilidade nos pagamentos em cartões de crédito com parcelamento e a queda do dólar, que deixou o preço dos produtos importados inferior ao valor de 2009.
Antonio de Moraes ressalta, ainda, que os produtos importados como os eletroeletrônicos, brinquedos e artigos de informática tiveram o melhor desempenho nas vendas. "De modo geral todos os setores foram bem, mas os importados estiveram entre os mais procurados pelos consumidores junto com produtos na área de telefonia celular. Eles cresceram mais até do que 7%, que é o valor da média das vendas unindo comércio de lojas e de shoppings", explica o presidente.
Atrás dos importados, seguem os tradicionais produtos na área de confecções e brinquedos, de modo geral. De acordo com Antonio, esses dois segmentos têm historicamente bons desemprenhos nessa época do ano. Perfumes, artigos esportivos, vinhos, dvds, cds e artigos de couro - carteiras, cintos e bolsas - também estiveram entre as opções dos consumidores.
Pagamento
O resultado apontou que, este ano, 71% dos consumidores optaram por cartões de crédito e débito para pagar as compras. Já os pagamentos em dinheiro registraram 12%, no crediário 10% e 7% em cheques. O valor gasto em média com os presentes natalinos ficou em R$ 72, contra os R$ 67 do último Natal.
Mais vendas
Mesmo após a data comemorativa, a expectativa continua sendo grande no setor. Segundo o presidente Antonio de Moraes, desde domingo (26/12), o comércio já conta com as primeiras trocas do presentes natalinos. "Começa a época das trocas e a gente observa uma oportunidade de crescimento nas vendas. Isso favorece sempre porque os vendedores procuram agregar novos produtos àqueles substituídos", afirma.
A estimativa é de que pelo menos 20% dos consumidores do Distrito Federal troquem produtos e acabem comprando novos. Além da época das trocas, o comércio espera crescimento na venda de roupas brancas por conta do revéillon. "Esses dois setores têm um desempenho bom nessa época. Mas esse ano ainda temos a posse da presidente Dilma Rousseff e do governador do DF Agnelo Queiroz. Muitas pessoas já estão a procura de roupas sociais. A posse ainda traz um certo movimento para a cidade", finaliza.