Lista de presente nas mãos e disposição para bater perna em busca do presente perfeito e com o melhor preço. Quem aproveitou o fim de semana para ir às compras em shoppings e feiras do Distrito Federal teve que disputar espaço nas lojas. Com os braços cheios de sacolas e uma lista de 116 pessoas para presentear, o bancário Sérgio Pimentel, 42 anos; a mulher dele, Sandra Pimentel, 41, jornalista; e a mãe dela, Marlene Felismino, 70, tinham como meta zerar as compras de Natal na tarde de ontem.
O trio estava no ParkShopping há quatro horas e quantidade de nomes ainda sem presente era enorme. ;Creio que ainda vamos levar mais três horas para comprar tudo. O tempo de atendimento está bom. O que demora é escolher tudo;, comentou Sérgio Pimentel. Quanto aos preços, Sandra deu uma dica. ;Tem muitas lojas bacanas com a promoção para quem compra três peças leva a quarta de graça. Então, dá para você fazer um jogo e dar bons presentes gastando menos.;
A expectativa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal (Fecomércio-DF) é de incremento de 9%, no mínimo, em relação ao Natal de 2009.Para o presidente da entidade, senador Adelmir Santana, o bom momento da economia é a principal causa. ;Definições de compra para o período do Natal já foram tomadas em setembro e outubro. Quem vai trocar de carro, substituir a geladeira ou o fogão, já decidiu e programou a programou as compras. As aquisições rotineiras ocorrem naturalmente;, avaliou.
Na Feira dos Importados, o movimento também era intenso na tarde de ontem. Ainda assim, a comerciante Denise Resende, 31, se disse apreensiva com o faturamento na data mais importante para o comércio. ;Era para ter mais gente. Percebo que as pessoas estão gastando mais com carros, motos e reduzindo um pouco o preço dos presentes. Eu acredito que a feira deve lotar a partir de quarta, quinta e sexta-feira;, comentou a dona de um quiosque de acessórios para crianças.
Preço e calmaria
Moradora da Asa Norte, a cabeleireira Joana Romão do Nascimento, 39 anos desembarcou na Feira do Guará nesse domingo para iniciar as compras de fim de ano na companhia dos filhos Gabriel, 3, Natália, 13 e, da sobrinha, Denise, 21. Os braços das três já estavam cheios de sacolas e a maratona de compras só estava começando. Avessa a ambientes lotados e à abordagem insistente de vendedores, ela escolhia os corredores mais vazios. ;Se tem muita confusão e o vendedor fica me oferecendo uma coisa e outra, perco a paciência e saio correndo da loja. Gosto de ter calma para escolher;, disse com um ar de apreensão pela certeza de que de agora até sexta-feira, as lojas tendem a ficar mais cheias. ;Acho que vou precisar sair pelo menos três vezes para comprar tudo o que preciso.;
De modo geral, os comerciantes esperavam mais consumidores já neste fim de semana. Dona de uma banca na Feira do Guará, Ivonete Pereira Gonçalves, 39, comenta que o movimento está menor e, quem aparece, escolhe presentes mais produtos. ;As pessoas estão limitado em R$ 30 o valor do presente. Como brasileiro deixa tudo para última hora, espero que o movimento melhore no decorrer desta semana;.
Já o comerciante João Paulo Lopes Ribeiro, 25, disse não ter do que reclamar. As vendas já superaram as expectativas e ele acredita que nesta semana terá de contratar pelo menos duas pessoas para ajudá-lo na banca de camisetas e shorts masculinos. ;Os preços variam entre R$ 8 e R$ 40. O cliente pechincha muito, pede desconto, pede prazo mas, em média, gasta R$ 100;, contabiliza.