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Curso de medicina da Faciplac é vistoriado e aprovado

Na tarde de ontem, o presidente do Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal (CRM-DF), Iran Augusto, vistoriou e aprovou as instalações do curso de medicina das Faculdades Integradas da União Educacional do Planalto Central (Faciplac). A visita ocorreu após o Ministério da Educação (MEC) determinar o corte de dez vagas do curso, resolução divulgada em 23 de novembro. O motivo alegado é que a Faciplac não teria sanado as deficiências apontadas pelo MEC em 2008, depois de a graduação ter tirado nota 2 no Enade ; cuja nota máxima é 5.

Na avaliação do ministério, a Faciplac sofreria com a ;precariedade do Hospital Regional do Gama;, onde os alunos da instituição exercem atividades práticas por meio de convênio firmado com o GDF. A universidade também apresentaria ;inefetividade do Núcleo Docente Estruturante;, conjunto de professores de elevada titulação responsável por formular e acompanhar o projeto pedagógico do curso. ;Vocês estão muito bem instalados didaticamente;, afirmou Iran à coordenadora do curso de medicina, Glória Maria Andrade. ;Em termos de laboratórios e formação básica, eles (MEC) não têm do que reclamar;, complementou.

Mas o presidente do CRM-DF destacou as deficiências na formação prática dos graduandos da Faciplac, que utilizam o Hospital do Gama. ;Isso não depende de nós, mas da fundação hospitalar;, alegou Glória. ;A Faciplac tem que exigir mais do convênio com a Secretaria de Saúde, para que ela melhore a estrutura do hospital;, afirmou Iran. ;Nossa esperança é que o novo governo (distrital) junte forças conosco e o hospital se torne referência;, comentou a coordenadora do curso de medicina.

Relatório
;O que acontece é que o MEC nos culpa pela precariedade do hospital. Se ele não for bem administrado, todo o nosso esforço na formação de um bom profissional morre na praia;, disse Glória, que também discordou das reclamações sobre o corpo docente da Faciplac. ;Temos número suficiente de mestres e doutores com dedicação exclusiva;, alegou.

O MEC informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que o corte do número de vagas da graduação de medicina da Faciplac foi determinado após uma comissão de especialistas na área médica visitar o local e ;verificar as condições de oferta; do curso. A Secretaria de Educação Superior do ministério aplicou a penalidade ao verificar que a instituição teria cumprido apenas parcialmente as exigências que se comprometeu a seguir.

Em todo o país, houve redução de 542 vagas de cursos de medicina em 13 universidades. Na instituição, a oferta de 80 vagas anuais cairia para 70. A universidade, porém, está recorrendo. ;É ao Conselho (Regional de Medicina) que cabe avaliar a qualidade da formação profissional;, defendeu Glória, que pediu ao presidente do CRM-DF um relatório sobre sua vistoria.

Eu, estudantes
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