Os advogados da arquiteta Adriana Villela - acusada de participar do triplo homicídio da 113 Sul, onde morreram a facadas os pais José Guilherme Villela, 73 anos, Maria Carvalho Mendes Villela, 69, e a empregada Francisca Nascimento da Silva, 58 -, denunciaram novas irregularidades nas investigações. Um dos defensores, Rodrigo Alencastro, acusa o sumiço de duas supostas gravações em vídeo feitas pela polícia e que a defesa considera essenciais para provar a inocência da arquiteta.
Uma das supostas gravações teria sido efetuada nos dias 1; e 2 de fevereiro deste ano, quando Adriana teria sido seguida e filmada por policiais. A outra teria ocorrido dentro das dependências da Corvida em 17 de abril, mesmo dia da busca e aperensão na casa da arquiteta. De acordo com Alencastro, essa última gravação comprovaria a tortura psicológica a que foi submetida a cliente por parte de dois investigadores da Corvida.
O desaparecimento das supostas filmagens foi relatado em um documento entregue na tarde desta sexta-feira (3/12) ao presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-DF), Francisco Caputo. O advogado espera que a entidade acompanhe ainda mais de perto as apurações.
Supostas irregularidades
Os advogados de Adriana Villela já haviam pedido na Justiça do DF o afastamento da delegada Mabel de Faria da Corvida no dia 22 de novembro sob o argumento que ela não apura o caso com imparcialidade. Para o advogado Rodrigo Alencastro, as autoridades policiais envolvidas nas investigações têm agido para chancelar conclusões precipitadas sobre a suposta participação da filha do casal na trama criminosa.
[SAIBAMAIS]O memorial dos filhos de José Guilherme Villela e Maria Carvalho Mendes Villela foi entregue à OAB-DF dois meses antes de a Justiça decretar a prisão preventiva de Adriana Villela por supostamente atrapalhar as investigações. No documento, os advogados narram o que consideram ;equívocos; da investigação e ;fragilidade das provas colhidas;, segundo eles, por meio de métodos classificados como ;questionáveis;. Segundo a defesa, tais provas serviram apenas para que a autoridade policial tirasse conclusões inverossímeis.