O promotor Maurício Miranda, do Tribunal do Júri de Brasília, que acompanha as investigações do triplo assassinato na 113 Sul, afirmou, entrevista à rádio Band News na manhã desta quarta-feira, que o ex-porteiro do prédio, Leonardo Campos Alves, citou Adriana Villela como mandante do crime em depoimento à Coordenação de Investigação dos Crimes Contra a Vida (Corvida).
O preso foi ouvido na Corvida pela segunda vez na terça-feira (23/11), e mudou a versão dada à 8; Delegacia de Polícia (SIA), há 10 dias, quando afirmou ser um dos executores do ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) José Guilherme Villela, da mulher dele, Maria Carvalho Mendes Villela, e da principal empregada da família, Francisca Nascimento da Silva. Ontem, porém, Leonardo disse ao delegado Luiz Julião Ribeiro, diretor da Corvida, que nem sequer esteve no apartamento onde ocorreu o triplo homicídio, e afirmou ainda se tratar de um crime sob encomenda.
[SAIBAMAIS]O ex-zelador garantiu ser o intermediário entre o possível mandante e os executores do crime, apontados por ele como sendo Paulo Santana, que é seu sobrinho, e Francisco Naérlio - novo suspeito do crime, preso na tarde de ontem no Pedregal. Ambos, segundo o ex-funcionário do Bloco C, receberam dinheiro e joias para assassinar as três pessoas no interior do apartamento dos Villelas. Os agentes e delegados da Corvida afirmaram, ontem, já saber quem contratou os dois, mas o nome de Adriana Villela foi revelado apenas esta manhã.