Jornal Correio Braziliense

Cidades

Aumenta o número de pessoas infectadas pela bactéria KPC no DF

O número de pessoas infectadas pela superbactéria Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC) aumentou de 54 para 63. Mas o número de mortos se manteve estável, em 22 óbitos. O novo levantamento identificou os novos casos entre 7 de outubro e a última sexta-feira (19/11).

Os números, apresentados nesta segunda-feira (22/11), revelam ainda que 23 estabelecimentos de saúde do DF notificaram à Gerência de Investigação e Prevenção à Infecção e Eventos Adversos em Serviços de Saúde (Gepeas) os casos KPC - sendo dez na rede pública e 13 na rede privada.

[SAIBAMAIS]De acordo com a gerente de investigação e prevenção das infecções da Secretaria de Saúde do DF, Eulina do Nascimento um dos motivos para o número maior de casos nos hospitais particulares se deve a falta de materiais na rede pública. "Com a falta de insumos necessários para fazer os exames de identificação da bactéria, as pessoas procuraram a rede privada", explicou ela.

Pessoas hospitalizadas

Pelo menos 87 pacientes portadores da bactéria encontram-se internados em hospitais do DF. Desses, 18 apresentam a infecção. De janeiro até semana passada, já são 246 casos acumulados.

A maior parte dos casos, 198, foi identificada nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI). Os dados anteriores aos de hoje mostravam que os números de óbitos relacionados à bactéria eram de 22 pessoas. Este número não aumentou.

Antibióticos

A Anvisa aprovou norma que prevê maior controle na venda desses medicamentos. Com a determinação, o paciente receberá do médico duas vias da prescrição do antibiótico e uma delas ficará retida nas farmácias por 30 dias. O uso indiscriminado de antibióticos é uma das causas do aumento de resistência das bactérias, segundo os técnicos da Anvisa.