O número de acidentes fatais na vias do Distrito Federal tem diminuído gradativamente desde que a Lei Seca entrou em vigor, há dois anos e cinco meses. Dados divulgados nesta segunda-feira (22/11) pelo Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF), mostram que, até agosto deste ano, 292 pessoas morreram em colisões. Em 2009, ano em que o DF apresentou o menor índice de mortalidade dos últimos 3 anos, houve 383 mortes no trânsito.
As estatísticas apontam que o número de autuações de motoristas embriagados é crescente nos últimos anos, desde a criação da atual regulamentação. O ano de 2010 é o que houve mais flagrantes de condutores embiagados, com 8779 autuações. Entre 2008 e 2010, período de vigência da Lei Seca, 4 mil motoristas foram levados à delegacia por apresentarem concentração de álcool igual ou superior a 0,3 mmg/L.
De acordo com o gerente de Fiscalização do Detran, Silvain Fonseca, 95% dos autuados por dirigirem embriagados teriam grandes possibilidades de envolvimento com acidentes de trânsito. "A primeira importância da Lei Seca é com a saúde. Os feridos em acidentes são encaminhados, primeiramente, para hospitais públicos. Com a diminuição, contribuímos também com os gastos do governo. Esse dinheiro poderia ser enviado a outro setor", diz.
Fonseca explica que a ação dos agentes é feita diante de estratégias. "Nós não temos o efetivo ideal e, por isso, temos de trabalhar em cima das estatísticas, de acordo com o horário e local das reincidências". Para ele, os condutores tomaram maior consciência em relação à combinação de álcool e direção. "Infelizmente, as pessoas não estão preocupadas com o risco, mas com a multa e a perda a carteira", completa. Neste mês, foram registradas 4 mortes em colisões. "Estão sendo investigadas, mas a suspeita é que os motoristas estavam bêbados".