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Apesar da promessa de Rosso, apenas 15 servidores foram nomeados para Hras

O esperado aumento no número de profissionais para auxiliar os atendimentos no Hospital Regional da Asa Sul (Hras) não ocorrerá da forma esperada. Dos 42 servidores %u2014 entre médicos, enfermeiros e técnicos %u2014 prometidos pelo governador Rogério Rosso (PMDB) na última terça-feira, durante entrevista coletiva no auditório do centro médico, apenas 15 assistentes de enfermagem devem, de fato, assumir os cargos nos próximos dias, ou seja, pouco mais de um terço do solicitado. A convocação dos assistentes foi publicada ontem no Diário Oficial do Distrito Federal, que trouxe outras 1,3 mil nomeações de profissionais que substituirão a antiga equipe médica contratada pela Real Sociedade Espanhola para atuarem no Hospital Regional de Santa Maria.

Os técnicos em enfermagem convocados para trabalhar no Hras devem seguir os trâmites legais para a contratação no serviço público. Esses servidores aguardam pela convocação desde 2008, quando foram aprovados em concurso público. A cerimônia singela de posse vai incluir todas as pessoas que atenderem o chamado. "Há uma demora natural para assumir cargos públicos e estamos aguardando um número de profissionais suficiente para suprir nossa demanda", disse o diretor do Hras, Alberto Henrique Barbosa.

O quadro de profissionais para atender leitos neonatais só deve ficar completo quando o governador eleito do DF, Agnelo Queiroz (PT), tomar posse. "Não sei quantos profissionais a Secretaria de Saúde vai mandar, mas qualquer quantidade vai ajudar", disse o diretor. Para a secretária de Saúde, Fabíola Nunes, os profissionais devem suprir a carência. "É o que podemos fazer. Temos apenas um mês para regularizar toda a rede", justificou.

Desde o início de outubro, um surto de infecção hospitalar na UTI neonatal do Hospital da Asa Sul matou 11 bebês. Para controlar a disseminação de bactérias, a direção da unidade restringiu o número de atendimentos e de pacientes e aumentou a rigidez no cumprimento de normas técnicas, como a higienização das mãos antes do contato com os recém-nascidos.

Santa Maria
Os demais profissionais convocados ontem no Diário Oficial do DF vão substituir os profissionais contratados pela então gestora do Hospital de Santa Maria, a Real Sociedade Espanhola. Um termo de ajustamento de conduta assinado pelo governador Rogério Rosso, Ministério do Trabalho e Tribunal de Contas do DF, garante a troca de 100% dos trabalhadores por servidores concursados até 28 de janeiro. "O hospital tem 1,7 trabalhadores. Contratamos 1,3 mil e ainda faltam P400. Vamos estudar uma possibilidade de concurso público para selecionar o restante", explica a secretária de Saúde.