Agentes da Secretaria de Estado da Ordem Pública e Social (Seops), da Coordenadoria de Cidades e funcionários da Administração do Shopping Popular começaram, nesta quarta-feira (17/11), um levantamento sobre a situação das bancas. Apenas hoje, conseguiram detectar 192 boxes, do total de 1.784, em situação irregular.
As bancas encontradas fechadas foram lacradas e receberam um aviso para que toda a documentação seja providenciada em até 48 horas. Os feirantes que estavam no local receberam a notificação pessoalmente. "Não há previsão para o término deste levantamento", avisou o novo administrador do shopping, Jorge Braga.
Nesta quarta, a Divisão Especial de Crimes contra a Administração Pública (Decap) ouviu mais oito testemunhas, que confirmaram o que jpa havia sido dito sobre o esquema ilegal de venda dos pontos. Ontem, 10 feirantes foram ouvidos.
Denúncia
As investigações da Decap começaram há quatro meses. Os comerciantes denunciaram à polícia que alguns ambulantes usavam o Shopping Popular como um empreendimento particular. Eles venderam os boxes para outros comerciantes mediante propina, quando o certo seriam que entregassem para os ambulantes que nunca tiveram condições de se estabelecer em endereço fixo, como os retirados do Gran Circular e da plataforma superior da Rodoviária do Plano Piloto.
[SAIBAMAIS]O ex-presidente da Associação dos Vendedores Ambulantes do Shopping Popular (Asshop), Caio Alves Donato, e outras quatro pessoas foram presas no último sábado (13/11), suspeitos de expulsar os verdadeiros donos dos boxes e revendê-los a pequenos e grandes empresários.