Jornal Correio Braziliense

Cidades

Chineses acusados de integrar quadrilha podem ter que deixar o país

A Polícia Civil do Distrito Federal desarmou, nesta quarta-feira (10/11), uma quadrilha de contrabando de mercadorias. Trinta chineses foram levados ao Departamento de Combate ao Crime Organizado (Deco) e dois ficaram presos. Eles podem ter a permissão para permanecer no Brasil cassada pela Justiça. Essa é a primeira vez que estrangeiros acusados de pirataria correm o risco de deixar o país.

A polícia trabalhou em conjunto com o Ministério da Justiça e, dessa forma, o crime não ficará apenas na esfera criminal, passará também por um processo administrativo para cassar a permissão dos acusados. Com isso, os chineses terão um prazo para deixar o Brasil, ou serão deportados.

A polícia começou a monitorar a quadrilha há seis meses, após uma operação da Polícia Federal, por suspeita de comercialização de produtos falsificados, como óculos, relógios e roupas, na Feira dos Importados.

Das 30 pessoas levadas para a Deco, duas foram presas em flagrante na própria residência por trazerem mercadorias do exterior sem passar pela alfândega brasileira. A polícia suspeita que os dois sejam possíveis líderes do grupo. O restante, a maioria funcionários, foram liberados. Além da feira, os policiais cumpriram mandados de busca em apartamentos no Cruzeiro, Guará e Águas Claras.

Os produtos vendidos eram adquiridos em São Paulo e seguiam de ônibus para o DF. Para despistar a Polícia Rodoviária Federal (PRF), os comerciantes desciam em cidades do Entorno e utilizavam veículos menores para chegar à feira. Ao todo, 24 bancas estariam ligadas à quadrilha.

[SAIBAMAIS]Durante a operação, foram apreendidos 30 mil óculos, 7 mil relógios mil bolsas e 120 kg de roupas aparentemente falsificadas. Os produtos foram levados à Polícia Federal. Além da Polícia Civil e do Ministério da Justiça, participam da operação Hai-Dao, a Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF), a Secretaria da Ordem Pública e Social (Seops), a Polícia Federal, PRF, Receita Federal, Ministério das Relações Exteriores e Ministério do Trabalho.