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Em desafio da FenaTchê, 120 bois vão virar churrasco

Botas, chapéus, calças folgadas, bombachas, cavalos e bois chamaram a atenção de quem passou em frente à Rodoviária de Plano Piloto na chuvosa manhã de ontem. Cerca de 50 homens e mulheres se reuniram no local para a cavalgada de promoção da FenaTchê, o Festa Nacional do Churrasco e Chimarrão, que acontece em Brasília entre 10 e 19 de dezembro, no Pavilhão ExpoBrasília, do Parque da Cidade. A cavalgada, que foi da Rodoviária até o Centro de Tradições Gaúchas, próximo à Ponte JK, ainda tinha o objetivo de divulgar o desafio maior da festa: assar o maior churrasco do mundo.

De acordo com o presidente do evento, Raul Canal, o festival pretende integrar mais a cultura e a gastronomia gaúcha no Distrito Federal. ;Queremos sedimentar a cultura do churrasco e do chimarrão;, diz.

A ideia da quebra do recorde de maior churrasco é um outro atrativo que tem tudo a ver com a meta do festival. Raul garante que serão assadas 28 toneladas de carne, o equivalente a cerca de 120 bois. ;O recorde atual é dos paraguaios, o que é injusto, já que temos mais tradição no churrasco e o maior rebanho bovino do mundo;, argumenta. Em 2008, o Paraguai assou 26.715 quilos de carne em uma festa que reuniu 40 mil pessoas e entrou para o Guinness Book.

O churrasco será em 18 de dezembro e a FenaTchê está em busca de churrasqueiros voluntários para ajudar no grande dia, em que toda a carne será distribuída gratuitamente. ;Também estamos cadastrando entidades filantrópicas para distribuírmos o alimento entre elas.; A cavalgada reuniu cavaleiros e amazonas de todas as idades. Isabele Cristina de Araújo, com apenas 13 anos, montava um boi com o dobro do seu tamanho. Medo? ;Não tenho, porque me sinto bem. Adoro poder sair para qualquer lugar em cima dele.;

O produtor rural Adelino Roberto Barbosa, que cedeu parte dos animais que participaram da cavalgada, disse que a FenaTchê vai ajudar na integração das diversas culturas que se misturam no Distrito Federal. Mineiro de nascimento e gaúcho de coração, ele liberou 162 cavalos para o evento. A chuva, infelizmente, fez o número ser reduzido. ;Mas o importante é fazer com que todos possam conhecer mais sobre o Rio Grande do Sul.;

O atraso provocado pela chuva também obrigou a mudança do itinerário, que deveria passar pelo Eixão. O cabo Maxueel Miguel, que comandava a equipe responsável pela segurança da cavalgada, alertou que passar pelo Eixão, que fica fechado aos domingos, poderia trazer riscos aos pedestres. ;Estamos pensando na segurança de todos, porque sabemos que os animais podem ser um perigo para as crianças.;